O que torna possível a reforma de uma Igreja?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012



.
Plantar igrejas parece ser a obra mais importante em nossos dias. Mas eu diria que revitalizar igrejas existentes é, igualmente, importante para a causa do reino. De fato, revitalizar igrejas não saudáveis nos permite obter duas coisas como resultado de uma única obra. Não somente estabelecemos uma igreja reformada e vibrante para o evangelho, mas também eliminamos o testemunho medíocre que havia antes.

Igrejas doentes são, como Mark Dever o afirmou, "forças antimissionárias terrivelmente eficazes". Elas anunciam à comunidade: isto é o cristianismo! O cristão é assim! Esses falsos anúncios difamam o evangelho e, na realidade, impedem a evangelização nas áreas adjacentes. Mas, quando uma igreja é transformada, o evangelho prospera enquanto a comunidade é confrontada com um genuíno testemunho coletivo a favor de Cristo.

Já testemunhei duas reviravoltas em igrejas: uma em Louisville (Kentucky) e a outra em Dubai (Emirados Árabes). Em ambos os casos, as igrejas foram completamente transformadas, desde a pregação até a adoração coletiva, a cultura da igreja e ao impacto evangelístico na vizinhança. Em ambas as reviravoltas, ainda que eu não possa reivindicar crédito por nenhuma delas, desfrutei do privilégio de ver pessoalmente a mudança radical de uma igreja.

O que tornou estas reforma de igreja possíveis?

Pregação

A forca impulsionadora que está por trás de qualquer reforma verdadeira será a Palavra de Deus. À medida que a Palavra manifesta seu poder em uma congregação, ela amolece o solo endurecido e produz mudança espiritual. Em Dubai, havia membros fiéis que trabalharam por anos, mas obtiveram poucos resultados. Não eram nutridos consistentemente por sermões semanais. Tentativas ousadas foram feitas para fortalecer a congregação, mas faltava algo. No entanto, quando a pregação se tornou consistentemente expositiva e centrada no evangelho, foi como se alguém jogasse um fósforo acesso em gasolina. O ministério se multiplicou. Quando a igreja começou a mudar, um membro antigo comparou a pregação com um fogo de artilharia semanal. O bater constante da Palavra amoleceu a oposição e abriu caminhos para que um ministério mais frutífero acontecesse em todo o corpo de membros.

O púlpito tem de liderar um esforço de reforma de uma igreja. E isso implica em pregação expositiva com ênfase no evangelho e aplicação criteriosa à vida da igreja, especialmente àquelas áreas que precisam de mudança. Se o púlpito não estiver firmemente por trás deste esforço, os reformadores talvez estejam desperdiçando seu tempo. É melhor mudar para um lugar onde a Palavra já está sendo pregada corretamente e perceber como aquele ministério pode ser apoiado.

Providência

Igrejas moribundas serão vivificadas somente se Deus estiver em ação ali. Anos atrás, em Louisville, uni-me a uma igreja velha cujo ministério definhava por várias razões. Pessoas velhas predominavam na igreja, muitas delas ministrando com fidelidade, mas sem liderança pastoral. Os mais novos tinham desertado da igreja havia muito tempo; e eu podia entender o motivo. Além da lealdade familiar, poucas coisas os mantinham ali. A pregação consistia principalmente de histórias rústicas sem qualquer exposição bíblica séria. A igreja era mais norteada pela cultura do que pela teologia. E a cultura contemporânea se mudara para lá.

Na providencia de Deus, havia outra igreja nas proximidades (uma igreja que se reunia numa escola). Nesta o evangelho era proclamado com clareza. Esta igreja mais nova tinha vida, energia e sã doutrina, mas não tinha raízes na comunidade, nem prédios. A solução óbvia era unir as duas congregações. Inicialmente, a ideia de unir as duas igrejas foi rejeitada pela igreja mais velha e necessitada. Eles eram muito diferentes na teologia, na música, na cultura e em outros aspectos. Mas Deus começou a remover soberanamente os oponentes da união e mudou aos poucos o coração das pessoas, para que a nova igreja surgisse. Como noite e dia – de oposição rígida para aprovação quase unânime da congregação –, em sua providência Deus cuidou para que uma nova obra começasse ali, em Louisville, uma igreja que continua vibrante e unida até hoje.

Há muitas forças dispostas contra a reviravolta de uma igreja local, que nunca acontecerá se Deus não a fizer acontecer. O cuidado providencial de Deus é essencial à reforma da igreja; é por isso que a oração é crucial.

Companheirismo

Procure não fazer isto sozinho. A reforma da igreja pode ser desgastante, ingrata e desencorajadora. O tempo para isso não é medido em meses, e sim em anos. E uma reforma espiritual profunda não é rápida. Deus usa os meios comuns de graça para dar crescimento e mudar seu povo. Igrejas melindrosas podem se tornar impacientes; e, em tempos difíceis, é bom ter amigos.

Quando comecei a pastorear em Dubai, havia um presbítero que pensava como eu e me encorajou bastante quando os tempos se tornaram árduos. Ele era perito em identificar evidências de graça, mesmo quando eu prosseguia com dificuldade em meio aos meus erros pastorais e às interrupções inevitáveis que acompanham a reforma da igreja. Quando elementos cruciais da reforma estavam em perigo, ele estava lá para dar ajuda na hora certa. Se possível, compartilhe com outros antes de atirar-se impetuosamente numa situação de reforma. Não vá sozinho.

Valorize o identificar homens que respondem ao ministério e integre sua vida à deles. Considere isto uma prioridade fundamental: treinar homens da congregação que um dia serão presbíteros e companheiros no ministério.

Paciência

Quantos pastores já foram demitidos porque introduziram mudanças antes que a igreja estivesse pronta? Quantos esforços de reforma já estiveram em perigo por conta da impaciência dos líderes que, talvez, sabiam a coisa certa a fazer, mas falharam em gastar tempo ensinando, orando e servindo as pessoas, para que ganhassem sua confiança e as convencessem dos pontos que necessitavam de reforma? Lembre a exortação de Paulo a Timóteo: "Corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (2 Tm 4.2). Somente porque você sabe quais são os problemas, isso não significa que eles devem ser resolvidos imediatamente.

Quando comecei a pastorear em Dubai, alguém me lembrou proveitosamente que a igreja não era "minha". Em outras palavras, as pessoas que estavam ali e seu estado de maturidade espiritual eram o fruto do ministério de outro pastor, e não de meu próprio ministério. Eu não podia chegar e esperar que a igreja adotasse imediatamente as minhas opiniões sobre a vida da igreja e o ministério. Isto me deixou livre para servir com alegria as pessoas que nem sempre compartilhavam de minhas convicções sobre a Bíblia ou sobre o ministério. Mas, depois de poucos anos, o quadro começou a mudar.

Adote uma perspectiva de longo prazo no que diz respeito à reforma da igreja. Ajuda-nos ter um horizonte de tempo de dez a vinte anos. Com uma perspectiva de longo prazo, podemos priorizar mais pacientemente as áreas da vida da igreja que necessitam de mudança. Podemos agir mais alegremente em um ambiente de ministério imperfeito quando pedimos às pessoas que tolerem as nossas fraquezas pessoais.

No entanto, existem duas coisas que um pastor pode mudar de imediato, ao chegar em uma nova igreja: a pregação e a recepção de membros na igreja. Num dia, você pode exaltar a autoridade das Escrituras pela maneira como você prega, extraindo os pontos explicitamente do próprio texto bíblico e mostrando que você se rege por ele. Segundo, você pode começar imediatamente a fazer entrevistas com os novos membros, quando eles chegam. Desta maneira, você pode:
- Assegurar-se, no melhor de sua habilidade, de que eles são crentes genuínos;
- Assegurar-se de que eles podem articular o evangelho;
- Definir suas expectativas quanto ao membros da igreja;
- Começar a estabelecer um relacionamento pastoral com os novos membros que estão chegando, um relacionamento que no decorrer do tempo afetará a complexão da igreja como um todo.
Poucas coisas são melhores do que ver pessoalmente uma reforma na igreja

Em conclusão, há poucas coisas que são melhores do que ver uma mudança na igreja, de igreja fraca e irrelevante para igreja vibrante e bíblica. A única maneira como isso pode ocorrer é pela pregação correta da Palavra de Deus. Contudo, alguns esforços de reforma fracassam apesar da fidelidade no púlpito; o Senhor tem de estar em ação para mudar o rumo das coisas. É provável que você seja bem sucedido a longo prazo se tiver alguns irmãos que labutam com você na obra. No entanto, mesmo com todas essas coisas, você tem de adotar a abordagem de longo prazo para a reforma da igreja. "Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima" (Tg 5.7-8).

Por John Folmar
Traduzido por: Wellington Ferreira.
Editor: Tiago J. Santos Filho.
Traduzido do original em inglês: What Makes a Church Reform Possible?. Com permissão do ministério 9Marks.
Fonte: [ Editora Fiel ]

É tempo de examinar tudo

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012



"E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim."
(Atos dos Apóstolos 17.10-11)

Existe um grande espaço na mídia do Brasil para os evangélicos divulgarem suas idéias, porém este espaço é utilizado para promover denominações ou indivíduos. Parece que existe uma concorrência comercial em busca de mais adeptos e infelizmente nesse jogo vale tudo!
As pessoas em sua maioria estão buscando ouvir aquilo que vai de encontro com seus sonhos, o problema está no que as pessoas sonham: querem fama, dinheiro, visibilidade, uma boa massagem em seus egos, palavras de motivação, ou seja, ajuntar tesouro aqui na terra.
Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam.
(Mateus 6.19)
Vivemos extremos perigosos:

1) Aqueles que vendem o evangelho com um marketing de prosperidade e sucesso para todos que se convertem em suas igrejas (exclusivamente em suas igrejas, não adianta ir para outra)

2) Aqueles que criam um evangelho próprio, misturando práticas do antigo testamento e de seitas ao redor do mundo de hoje. O resultado é um cristão cheio de misticismo e rituais, onde condicionam o agir de Deus a qualquer ação humana seja um gesto, um amuleto, uma pessoa, uma palavra mágica (muitas vezes em uma língua inventada), um objeto, etc.

3) Aqueles que recebem revelações especiais, se julgam mais inspirados que os apóstolos e muitas vezes até mais que o próprio Jesus, porque suas "visões" são apresentadas como uma nova verdade além do que a própria bíblia poderia revelar.

4) Aqueles que diante de tudo isso, se mantém em cima do muro e não buscam a verdade que está na bíblia e se submetem a qualquer coisa achando que serão julgados como inocentes, manipulados por alguém e que não poderiam combater estas práticas.

É tempo de se assumir uma posição contra tudo isso e se posicionar. Devemos examinar tudo em um contexto bíblico amplo (Gênesis até Apocalipse).

Ficar em cima do muro é sinônimo do crente morno.
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te de minha boca.
(Apocalipse 3.15-16)
Então não seremos mais como crianças, arrastados pelas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas. Essas pessoas inventam mentiras e, por meio delas, levam outros para caminhos errados.
(Efesios 4.14)

Perguntas Retóricas

Eu só queria saber:

1. Por que palavras como "paixão", "fogo", "glória", "poder" e "unção" vendem muito mais CDs do que "graça", "misericórdia" e "perdão"?

2. Por que aqueles que mais falam sobre "prosperidade" evitam sistematicamente textos como Tiago 2:5, I Timóteo 6:8 e Habacuque 3:17-18?

3. Por que se fala tanto em dízimo, defendendo-o com unhas e dentes, mas quase nada se fala sobre ter tudo em comum e outras coisas como "ajudar os domésticos na fé" e "não amar somente de palavra e de língua mas de fato e de verdade"? Em qual proporção a Bíblia fala de uma coisa e de outra?

4. Por que em Atos 4, quando os apóstolos foram presos, a igreja orou de forma tão diferente do que se ora hoje? Por que não aproveitaram a ocasião pra "amarrar o espírito de perseguição", pra "repreender a potestade de Roma", ou coisa semelhante?

5. Por que Atos 2:4 é muito mais citado como modelo do que era a igreja primitiva do que Atos 2:42?

6. Por que todo mundo sabe João 3:16 de cor, mas tão pouca gente sabe I João 3:16?

7. Por que 90% ou mais dos cânticos congregacionais modernos são na primeira pessoa do singular, quando a proporção nos salmos é muito menor?

8. Por que todo mundo aceita que Jesus curou e colheu espigas no sábado, aceita também que Deus ordenou que seu povo matasse vários povos rivais, mas se escandaliza absurdamente quando alguém diz que Raabe fez certo ao mentir para preservar duas vidas? O que vale mais, em situação de conflito, que um soldado pagão saiba a verdade ou a vida de dois homens? Será que se Raabe tivesse dito a verdade, teria sido elogiada em Hebreus 11?

9. Por que quase tudo que se vende numa livraria cristã foi produzido nos últimos 50 anos, se nosso legado é de 2.000 anos de História do Cristianismo? O que aconteceu com os outros 19 séculos e meio?

10. Por que tanta gente que acredita que a salvação é pela graça, ou seja, não é obtida sendo "bonzinho", paradoxalmente acredita que ela pode ser perdida sendo mau? Pode algo ganho sem mérito ser perdido por demérito?

11. Por que a Igreja é muito mais rigorosa com pecados sexuais como o homossexualismo do que com a gula ou a ganância? Aliás, por que em tantas igrejas a ganância nem é vista como pecado, mas como virtude, disfarçada com o nome de "prosperidade"?

12. Por que tantos evangélicos chamam seus líderes de "apóstolos", mas criticam os católicos por seguirem um líder chamado "papa"?

13. Por que, mesmo o Cristianismo crendo que o homem foi nomeado por Deus como o responsável pela criação, e que tudo que Deus criou é bom, são os esotéricos os que mais lutam pela defesa do meio-ambiente?

14. Por que, na maioria dos grupos de louvor no Brasil, não há espaço pra quem toca instrumentos brasileiros como o cavaquinho e o berimbau?

15. Por que todos os ritmos de origem na raça negra até hoje são considerados por alguns como diabólicos?

16. Por que alguém como Lair Ribeiro faria mais sucesso como pregador hoje do que, digamos, Francisco de Assis?

17. Por que se canta tanto sobre coisas tão etéreas como "rios de unção" e "chuvas de avivamento", ao passo que Jesus usava sempre figuras do cotidiano para ensinar, como sementes, pássaros e lírios?

18. Por que se amarra, todos os anos, tudo quanto é "espírito ruim" das cidades, fazendo marcha e tudo, mas as cidades continuam do mesmo jeito? Aliás, se os "espíritos ruins" já foram "amarrados" uma vez, por que todo ano eles precisam ser "amarrados" de novo?

19. Por que uma doutrina como o pré-tribulacionismo, que apregoa que Jesus vai tirar a igreja da reta de qualquer sofrimento ou perseguição, não faz sucesso algum na China, no Irã ou na Indonésia? Aliás, por que ela fazia tanto sucesso na China pré-comunista, e depois declinou por lá?

20. Por que se canta todos os dias "Hoje o meu milagre vai chegar"? Afinal, ele não chega nunca? Que dia está sendo chamado de "hoje"?

21. Por que Jó não cantou "restitui, eu quero de volta o que é meu", nem declarou ou amarrou nada, muito menos participou de "campanha de libertação" quando perdeu tudo?

22. Por que tanta gente acredita que a terra e o universo foram criados há 6 mil anos, interpretando Gênesis 1 literalmente, mas esses mesmos nunca dizem que o sol gira em torno da terra, interpretando literalmente Josué 10, tampouco dizem que a terra é retangular, interpretando literalmente a expressão bíblica "os quatro cantos da terra"?

23. Por que nós nunca vamos ao médico e pedimos, "doutor, dá pra queimar essa enfermidade pra mim por favor"? Por que então se ora pedindo isso pra Deus? Seria correto orar assim pra Deus curar alguém enfermo por causa de queimadura?

24. Por que não se faz um mega-evento evangélico, desses que reúnem um milhão de pessoas ou mais, pra fazer um mutirão para distribuir alimentos aos pobres ou ainda para recolher o lixo da cidade? Aliás, por que se emporcalha tanto as cidades com óleo e outras coisas nos tais "atos proféticos"? Não seria um melhor testemunho limpá-la ao invés de sujá-la?

25. Por que as rádios evangélicas tocam tanta coisa produzida por gravadoras ricas e nada produzido por artistas independentes?

26. Por que se faz apelo ao fim de uma "pregação" que não fez qualquer menção ao sangue, à cruz, ao arrependimento, ou sequer ao pecado?

27. Por que se enfatiza tanto a ordem bíblica para pregar a Palavra e se negligencia tanto as ordens para fazer justiça social e alimentar os famintos? Quantas vezes cada uma delas aparece na Bíblia?

28. Por que Deuteronômio 28:13 ("o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda") é tão citado, ao passo que I Coríntios 4:11-13 ("somos considerados como o lixo do mundo") ninguém gosta de citar?

29. Por que quem pensa diferente de nós é sempre "inflexível", "fariseu" ou "duro de coração" (quando não chamamos de coisa pior)?

30. Se Jesus nos ensinou a tratar a Deus como Senhor, por que tantos o tratam como se fosse o Papai Noel, o gênio da lâmpada ou até mesmo um empregado?

31. Palavras como "decretar", "declarar" ou "determinar" devem ser ditas por Deus ou por criaturas finitas como nós?

32. Se João, na sua primeira carta, é bem claro que Deus só atende o que é pedido segundo sua vontade (I Jo 5:14), por que tanta presunção de alguns em dizer que é errado pedir a Deus que faça algo só se for da Sua vontade? Aliás, por que esses mesmos nunca equilibram Marcos 11:24 com I Jo 5:14 e acabam usando o versículo de Marcos para tratar Deus como se fosse um "gênio da lâmpada"?

33. Por que, nos púlpitos de hoje, se fala muito mais sobre vitória e sucesso do que sobre arrependimento?

34. Por que o bom samaritano não deu um folheto evangelístico nem "determinou a cura" do homem caído, mas preferiu fazer o óbvio, que era cuidar da necessidade dele? Por que Jesus, ainda por cima, nos mandou “fazer o mesmo”?

35. Por que a mulher que sofria de hemorragia e tocou em Jesus não disse, em tom de autoridade, "Senhor, eu não aceito essa doença!", mas, pelo contrário, prostrou-se tremendo diante de Jesus (Lc 8:47)?

36. Por que os líderes que pregam sobre prosperidade são tão ricos, enquanto as suas ovelhas continuam, em sua grande maioria, pobres? Será que essa prosperidade só funciona para os líderes?

37. Se todos os crentes do sertão nordestino derem o dízimo fielmente, será que Deus "abrirá as janelas dos céus" e acabará com a seca de lá, ou será que aquela promessa foi feita no contexto da Aliança com Israel apenas?

38. Se a palavra "unção" aparece apenas duas vezes no Novo Testamento e a palavra "graça" aparece 138 vezes, por que será que nas pregações que se ouve na maioria dos púlpitos, TVs e rádios evangélicas essa proporção é invertida?

39. Por que tantos evangélicos idolatram alguns líderes, colocando-os muitas vezes como verdadeiros mediadores entre eles e Deus, e ainda criticam os católicos por fazerem a mesma coisa com santos mortos?

40. Se todas as pessoas no planeta tivessem o mesmo estilo de vida excessivamente luxuoso de alguns pregadores, será que o meio ambiente suportaria?

41. Será que Paulo, que passou necessidade e até fome (Fp 4:12), seria considerado pelos pregadores de hoje como alguém que tinha uma "vida abundante"?

42. Por que aqueles que citam Mc 10:29-30 e Lc 6:38 como promessas de prosperidade material não agem com coerência então, vendendo todos os seus bens e dando aos pobres para receberem de volta? Não seria mais fácil colocar essas passagens dentro do contexto correto e admitir que elas nunca foram promessas de prosperidade material?

43. Por que, mesmo o Novo Testamento sendo tão claro sobre Deus não habitar mais em templos feitos por mãos humanas, tantos crentes insistem em chamar o edifício onde congregam de "templo", ou, o que é pior, "casa do Senhor"?

44. Por que tantos evangélicos citam (fora de contexto, claro) que não se deve "tocar nos ungidos", como se esses fossem acima da crítica e infalíveis, e ainda por cima criticam os católicos por crerem na infalibilidade do papa? Aliás, onde está escrito no NT que ungidos são apenas os líderes, se I João 2 diz que somos todos ungidos?

45. Por que o conselho de Irineu de Lyon, que viveu menos de um século depois de ser escrito o Apocalipse, quanto a ser "mais seguro e menos perigoso esperar o cumprimento dessa profecia do que se entregar a elucubrações e conjecturas acerca de nomes", tem sido tão negligenciado por aqueles que ficam esmiuçando supostos sinais da vinda de Jesus?

46. Por que tanta gente gosta de interpretar tragédias como juízo de Deus e negligencia o mandamento de chorar com quem chora?

47. Por que tanta gente canta "se diante de mim não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas", se o mar só se abriu uma única vez e Pedro só andou sobre as águas também uma vez, e teve que se molhar todas as outras vezes? Aliás, não é presunção demais dizer o que Deus vai ou não vai fazer?

48. Será que essas pessoas que cantam “hoje o meu milagre vai chegar” nunca leram Tiago 4:13-15?

49. Por que tanta gente insiste em dizer que não podemos ficar doentes porque Cristo já levou nossas dores, se nós ainda morremos? Afinal, essas dores que Ele levou sobre Si não inclui a morte também? Não seria mais prudente e mais bíblico admitir que os benefícios de Isaías 53:4 só serão usufruídos plenamente na Nova Jerusalém, na eternidade?

50. Por que essas mesmas pessoas que dizem que os cristãos não podem ficar doentes e que podem curar tudo nunca curaram uma vítima de amputação?

51. Por que tanta gente age como se Deus não tivesse controle sobre tudo e estivesse constantemente sob ameaça do diabo, se a Bíblia diz que Deus usa até o mal para cumprir seus propósitos (Isaías 45:7 e I Reis 22:22-23)?

52. Por que nós somos tão brasileiros na hora de ver um jogo da Seleção mas nos esquecemos completamente disso durante os cultos? Será que, quando a Bíblia se refere a "toda tribo, língua, povo e nação", o Brasil não estaria incluído?

53. Por que o samba e a bossa-nova são tão demonizados por sua associação com a vida boêmia, se Paulo disse que, para os puros, todas as coisas são puras, e que nada é errado em si mesmo exceto para aquele que assim o considera? Por que, por outro lado, tanta gente usa essas verdades bíblicas como pretexto para confundir “culto” com “festa”?

54. Por que tantos crentes confundem "querer agradar o mundo" com "não consumir produtos com a grife gospel" (incluindo aí músicas de qualidade questionável)? Aliás, será que essa idéia de ser pecaminoso ouvir músicas sem o rótulo "gospel" não seria uma jogada de marketing das gravadoras para manter cativo o seu mercado, por meio de intimidação? E ainda, desde quando “Gospel”, que significa “Evangelho”, virou grife?

55. Por que será que as únicas faltas consideradas suficientemente sérias para um líder perder sua credibilidade são os pecados de natureza sexual?

56. Por que muitas igrejas tratam melhor os ricos e influentes, colocando-os nos melhores cargos e dando-lhes poder de decisão, mesmo sendo neófitos, se Deus escolheu os que são pobres segundo o mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino (Tg 2:5)?

57. Por que muitos gostam de dizer que Deus está levantando uma geração disso e daquilo, que está restaurando isso e aquilo, e desconhecem completamente a História, esquecendo-se do que fizeram as gerações passadas? Por que será que essas pessoas nunca dizem que Deus está levantando uma geração de mártires?

58. Se não há mais qualquer condenação para quem está em Cristo Jesus, por que tantos líderes intimidam suas igrejas ameaçando-os com toda sorte de terror, inclusive a perda da salvação, se alguém ousar questioná-los ou não pagar suas obrigações financeiras?

59. Por que tanta gente que gosta de ver pecado em tudo condena a "aparência do mal", baseando-se em uma tradução errada de I Ts 5:22, se Jesus nunca evitou esse tipo de coisa, mas, pelo contrário, andava com o pior tipo de gente da sua época e ainda foi chamado de “comilão” e “beberrão”? Por que não admitir que o versículo em questão se refere apenas ao exame das profecias, e que o termo se traduz melhor, naquele contexto, como “espécie” e não “aparência”?

60. Será que o fato de tanta gente abusar de supostos dons espirituais, principalmente línguas e curas, significa que não possa haver manifestações legítimas desses dons?

61. Se os "líderes de louvor" gostam tanto de dizer que há liberdade onde está o Espírito do Senhor, por que muitos deles quase sempre tiram a liberdade das pessoas, que são constrangidas a imitar seus gestos (levantar as mãos, repetir algo pra quem tá do lado, fechar os olhos, bater palmas etc.)?

62. Por que ainda não inventaram a "escova de dentes profética", o "garfo profético", o "lápis profético", a “faxina profética” e o "corte e costura profético", para combinar com a "dança profética" e outras coisas "proféticas", já que tudo que fazemos deve ser para a glória de Deus? Em que a dança é melhor que essas outras coisas?
Renato Fontes.
origem: debereia.blogspot.com

Demônios à serviço da Universal assumem a autoria da destruição dos três prédios no centro do Rio de Janeiro

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012




A loucura completa se abateu sobre a liderança da Universal. Estamos assistindo, nestes últimos meses, uma profusão de escândalos, sendo a maioria destes, fruto da evidente vontade e da própria criação do seu ditador em exercício, Edir Macedo. 

Macedo não tem poupado esforços na criação de polêmicas de alto teor explosivo, mexendo, inclusive, em vespeiros evangélicos conhecidos, como foi no episódio em que atacou um dos ídolos mais vistosos no panteão de semideuses evangélicos: a cantora Ana Paula Valadão. 

Macedo sentou a marreta no último pedaço do muro de decência a refrear a sanha comercial de seus pastores, de forma que as suas campanhas de prosperidade tem alcançado nuances impensáveis. O negócio está tão bagunçado que tem estelionatário indo a IURD para fazer pós graduação.

Por outro lado, os shows de exorcismos e manifestações demoníacas nos templos da seita vivem um furor como não se via desse a década de 80, quando a Universal decolou como a grande denominação neopentecostal brasileira e arrebatou multidões de fieis. 

A recentemente criada Web TV do bispo Macedo vem apresentando em sua programação um circo de horrores, livre dos freios morais impostos a uma TV aberta.

Tendo transformado a Record em um negócio lucrativo, uma TV absolutamente secular, Ali Edir e seus 400 bispos ladrões estão fazendo na WebTV coisa jamais vista.

Edir Macedo está carregando nas tintas e pincelando os últimos retoques de  teologia verdadeiramente arrepiante misturando altíssimas doses de capetologia, granalogia e macumbaria em quantidade jamais vista. Por vezes, o telespecatador já não sabe mais se está assistindo ao ensaio de alguma continuação bollywoodiana de sexta-feira 13 ou se é a exibição de um programa onde demônio tomou o lugar de Silvio Santos e os pobres dos fiéis participantes do jogo estão ali a arriscar vida ou morte, fortuna ou miséria no girar da roda da fortuna.

Ninguém duvida que todo este esforço é uma resposta às perdas crescentes sofridas pelo império Universal que está sendo atacado em diversas frente de seu negócio religioso. Seja na concorrência de novos participes do mercado gospel do entretenimento, seja por conta de tipos como Valdemiro Santiago que vem arrebatando fieis da Universal, já que os dois pescam no mesmíssimo barril o mesmo tipo de peixe burro.

A IURD sofreu enorme perda do fiéis como revela, inclusive a última pesquisa por amostra de domicílios do IBGE.












No esforço de reposicionar a sua religião, Macedo está se mostrando nítido desespero. Um sintoma novo é a forma quase suicida com que vem construindo uma doutrina de castigo certo aos que deixam a sua religião.

Há pouco mais de 60 dias, Macedo horrorizou até mesmo a quem já não se surpreende mais com suas heresias quando divulgou um vídeo com a reportagem de um grave acidente automobilístico com diversas vítimas fatais, arrematando a notícia afirmando que uma das moças falecidas era uma antiga obreira que havia abandonado a IURD e, por esta razão, a sua vida teria sido ceifada por “seu” “deus”. Leia aqui.

Esta semana, Macedo foi ainda mais audaz. Diante da terrível tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, onde três prédios desabaram causando a morte de dezenas de pessoas, Macedo colocou na boca de um dos demónios de sua folha de pagamento a missão de revelar ao mundoa razão da catástrofe: Matar um ex-pastor e três ex-obreiros que, tendo deixado a IURD iniciaram novo ministério. Estes “traidores” tinham uma sala em um dos prédios destruídos. 

Ou seja, o capiroto, pé redondo, coisa ruim carcará sanguinolento está a serviço de Macedo, É o novo leão-de-chácara da Universal proposto a matar, trucidar e fazer pó de todo aquele obreiro ou membro da IURD que ousar deixar a seita.

Imagino a dor das famílias que tiveram seus entres queridos vitimados na tragédia tendo de ouvir tais disparates. Macedo merece tomar diversos processos. A sociedade organizada precisa tomar uma providência e fechar esta sinagoga de satanás.

É o fim do mundo.



Postou


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz1lcQTW9ia
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Comunidade Evangelica Shalom RS

Tempo!!