Apologética ou Evangelismo?!

terça-feira, 31 de julho de 2012



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- Argumentar para Ganhar -
 
O professor de Oxford, Alister McGrath, fez uma declaração muito equivocada em seu livro desastradamente intitulado Intellectuals Don't Need God and Other Modern Myths [Intelectuais não Precisam de Deus e de Outros Mitos Modernos]. Ele diz: “Apologética não é sobre ganhar argumentos – é sobre ganhar pessoas”. 1 Em conexão com isso, o livro tem como uma das suas teses centrais que muitos, ou até mesmo a maioria dos indivíduos rejeitam o Cristianismo, não principalmente por causa de quaisquer objeções intelectuais insuperáveis, mas por causa de outros fatores tais como aplicabilidade existencial. Assim, ele escreve: “O Cristianismo deve se recomendar em termos de sua relevância para vida, não simplesmente por sua racionalidade inerente”.

O resto do seu livro, também latente com problemas, tenta justificar e desenvolver essa suposição e suas ramificações na prática da apologética. Eu sustento que sua afirmação é equivocada, falsa e perigosa para os cristãos que desejam conduzir uma apologética fiel e bíblica; todavia, sua afirmação representa não somente uma visão minoritária, mas antes uma noção popular do que a apologética deveria esforçar-se para realizar.

Para repetir, McGrath escreve: “Apologética não é sobre ganhar argumentos – é sobre ganhar pessoas”. Quando ganhar argumentos é contrastado com ganhar pessoas, a maioria das pessoas não deseja discordar imediatamente, mesmo que elas sintam que há algo de errado com a declaração, visto que discordar poderia implicar que elas se preocupam mais com ganhar argumentos do que com ganhar pessoas. Isto é, se definimos apologética como preocupada principalmente com ganhar argumentos contra incrédulos, então pode parecer para algumas pessoas que temos nos desviado do que supostamente seria o nosso objetivo principal, que é ganhar pessoas para Cristo.

A declaração de McGrath é enganosa porque implica que você pode perder um argumento contra o não-cristão, e em conexão com a perda do argumento, ainda ganhá-lo para Cristo; isso implica que não há nenhuma conexão positiva entre ganhar argumentos e ganhar pessoas. Mas se não há nenhuma conexão positiva entre os dois, então isso significa que num debate um incrédulo pode mostrar que o Cristianismo é falso, e então se arrepender e crer no evangelho de qualquer forma.

Certamente, o Espírito Santo pode e frequentemente convence a mente dos eleitos a despeito de suas falhas na argumentação, mas isso é diferente de negar uma relação positiva definida entre ganhar argumentos e ganhar pessoas. Eu posso dizer: “Apologética não é sobre bater na cara das pessoas, mas sobre ganhar pessoas para Cristo”; seria então verdade que eu posso bater na cara das pessoas, e em conexão com o bater na cara delas ainda conduzi-las a Cristo? Por outro lado, refrear-se de bater na cara das pessoas é um das coisas que conduz ao ganhar pessoas para Cristo, fazendo-a preferível e quase necessária.

Um dos erros de McGrath é confundir apologética com evangelismo. O Merriam-Webster's Collegiate Dictionary define a palavra apologética como um “discurso sistemático argumentativo em defesa (como de uma doutrina); um ramo da teologia devotado à defesa da origem e autoridade divina do Cristianismo”. Por outro lado, evangelismo é “o ganho ou restauração do compromisso pessoal a Cristo”.

Essas definições refletem o uso comum, e o Evangelical Dictionary of Theology concorda com elas. Ele define apologética como “um discurso sistemático, argumentativo, em defesa da origem e autoridade divina da fé cristã”, e evangelismo como “a proclamação das boas novas de salvação em Jesus Cristo, com o objetivo de produzir a reconciliação do pecador com Deus o Pai através do poder regenerativo do Espírito Santo”.

Dada essas definições, é evidente que apologética não é o mesmo que evangelismo, contudo, elas podem estar relacionadas, mas McGrath confundiu as duas. Seria mais preciso dizer: “Evangelismo não é apenas ganhar argumentos, mas também ganhar pessoas para Cristo; todavia, derrotar incrédulos na argumentação pode ser o meio pelo qual Deus os converte”. Visto que apologética é por definição sobre argumentação, a declaração de McGrath é equivalente a dizer: “Nossos argumentos com os incrédulos não é sobre ganhar argumentos, mas ganhar pessoas”, ou “Apologética não é sobre apologética, mas sobre evangelismo”. Mas isso é auto-contraditório e falso por definição. Ao substituir o significado de apologética com aquele de evangelismo, não há mais uma palavra para expressar o significado do que é apropriadamente chamado de apologética.

Outra declaração no livro levanta outra concepção errada sobre apologética. Referindo-se à mentalidade do incrédulo quando ouvindo a mensagem do evangelho, ele escreve: “O evangelho está sendo avaliado, não sobre a base das suas idéias, mas sobre a base dos seus efeitos sobre pessoas e instituições”. Para McGrath, isto supostamente conta como algo contrário à idéia de que apologética é “demonstrar a racionalidade da fé cristã”. Uma objeção similar contra a definição apropriada da apologética é que muitas pessoas rejeitam a fé cristã não porque pensam que ela é falsa, mas porque têm certas necessidades pessoais que pensam o evangelho não poder satisfazer, quer essas necessidades sejam psicológicas, sociais, financeiras, etc.

Portanto – a objeção continua – a apologética (ou mesmo evangelismo) deveria se focar sobre como o evangelho se dirige às necessidades das pessoas, e não sobre o mandamento de Deus para o incrédulo renunciar seus pecados e afirmar a verdade do evangelho.

É frequentemente verdade que, como McGrath diz, “o evangelho está sendo avaliado, não sobre a base das suas idéias, mas sobre a base dos seus efeitos sobre pessoas e instituições”. Contudo, isto é precisamente o que está errado com muitos incrédulos, e é precisamente sobre isto que o apologista cristão deve confrontá-los. Que a fé cristã não deve ser avaliada de acordo com sua verdade ou falsidade, mas quão bem ela “funciona” ou faz com que alguém se sinta bem, é um lapso na racionalidade ou até mesmo uma negação da racionalidade. Ao invés de adaptar nossa abordagem para se acomodar aos incrédulos, é o nosso dever confrontá-los e corrigi-los sobre isto.

E se as pessoas rejeitam o evangelho, não porque pensam que ele seja falso, mas porque ele as tornará impopulares com muitas pessoas? Deveríamos então modificar nossa abordagem para mostrá-las que o Cristianismo de fato as tornará populares, ou deveríamos ao invés disso argumentar que esta é a maneira errada de julgar uma cosmovisão? Se o pragmatismo é a filosofia predominante numa determinada sociedade, devemos então mostrar que o Cristianismo é a mais prática de todas as religiões e cosmovisões? Ao invés disso, por que não mostrar que o pragmatismo é errado? Em vez de tentar mostrar que o Cristianismo é verdadeiro de acordo com o falso padrão de julgamento do incrédulo, deveríamos mostrar que o próprio padrão de julgamento deles é falso, e que o Cristianismo é verdadeiro de acordo com um padrão verdadeiro de julgamento, e que este padrão verdadeiro de julgamento é a revelação de Deus para nós. Isto é apologética bíblica.

Há muitíssimos falsos conversos nas igrejas hoje precisamente porque não temos realizado evangelismo pregando e defendendo a verdade, mas sim satisfazendo as necessidades e desejos pessoais da audiência, quando o evangelho bíblico ordena-os a negar precisamente estas necessidades e desejos pessoais. Este mesmo erro explica o porquê parece como se os “efeitos do evangelho sobre pessoas e instituições” não têm sido totalmente positivos. Devemos insistir que, se as pessoas recusam vir a Cristo pela mensagem correta e pelas razões certas, então não deveriam vir a Cristo de forma alguma, e já há muitos falsos cristãos em nossas igrejas para acomodar ainda mais deles. Nem apologética nem evangelismo é “ganhar pessoas” a todo custo – certamente não à custa da verdade.

Por Vincent Cheung
Fonte: O Calvinismo

A pregação triunfalista e a fiel!

terça-feira, 24 de julho de 2012



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Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus. 2Co 2:14-17

Indo direito ao ponto, a pregação moderna é triunfalista e falsa. Triunfalista por estar contaminada e comprometida com o chamado evangelho da prosperidade. Falsa por estar divorciada do puro evangelho, o evangelho da glória de Deus. Da pouca pregação que há nas igrejas, a maior parte é diluída para agradar o paladar dos que não suportam a sã doutrina e poluída com filosofias humanistas, para atender a interesses monetários dos profetas da confissão positiva.

E os tais não são poucos, pois Paulo se referiu aos "tantos outros" que estavam "mercadejando a Palavra de Deus". Se em seus dias era assim, nos nossos a proporção de mascates da fé parece ter aumentado, cumprindo-se o alerta de que viria um "tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" (2Tm 4:3). Hoje, a sã doutrina não apenas é negligenciada, mas acusada de ser causa de divisão na igreja. Por isso rareiam os que firmam posição ao lado da verdade e pululam os que buscam popularidade e ganho fácil junto aos que preferem uma mensagem conforme às suas concupiscências.

Tais pregadores estão “mercadejando a Palavra de Deus”. Mercadejar refere-se a vendedores ambulantes, que percorriam ruas e cidades oferecendo suas mercadorias. Eles não tinham escrúpulos em adulterar seus produtos para lucrar mais, por isso o termo tanto significa comercializar como falsificar. Apropriadamente, a ARC os chama de "falsificadores da palavra de Deus”. O que a Bíblia está dizendo é que tais pregadores não apenas falsificam a Escritura, mas o fazem de forma deliberada com o sórdido objetivo de obter lucro para si. São comerciantes da Palavra de Deus, e comerciantes desonestos.

É o caso quando usam a declaração "graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo" (2Co 2:14) para afirmar que Deus faz o crente triunfar "sempre" (em todo o tempo, constantemente) e "em todo lugar". Pois não é isso que Paulo está ensinando. Pelo contrário, ele refere-se ao desfile em triunfo que um general romano fazia ao retornar vitorioso de uma batalha, trazendo despojos e cativos. Ele desfilava pela cidade, seguido pelos prisioneiros, enquanto o povo o aclamava e queimava incenso. Para os prisioneiros que seriam poupados e serviriam como escravos, o perfume era agradável, pois significava a vida, mas para os que estavam destinados à execução, era um cheiro de morte. Paulo se incluía entre os primeiros, colocando-se como um escravo voluntário do Conquistador Jesus.

Assim, mesmo aparentando estar frustrado com os resultados da sua pregação em Trôade, ele diz "graças sejam dadas a Deus", pois sendo um escravo conquistado e poupado da morte por Jesus, reconhecia o Seu direito de o levar num desfile triunfal por onde quisesse. Mas o triunfo, reitere-se, é de Jesus e não do escravo, que se contenta em ser "para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem", pois o Senhor, "por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento". E isso se dá pela pregação fiel.

Esse tipo de pregação fiel apresenta algumas características que a distingue da pregação triunfalista. Começa com o reconhecimento da posição do pregador como escravo conquistado e conduzido numa procissão triunfal, como vimos. Ele não prega onde quer ou quando quer, mas onde o seu Senhor o levar. E reconhece a própria incapacidade de responder à altura de seu chamado, dizendo: "quem, porém, é suficiente para estas coisas?". Reconhece também que a fonte de sua mensagem não é ele próprio, nem os engodos dos profetas da prosperidade, pois fala "da parte do próprio Deus". Sendo a mensagem de Deus, ele a prega ciente da supervisão divina, prega "na presença de Deus". E pregando na presença de Deus, não lhe resta outro modo de pregar que não seja "em sinceridade".

O pregador fiel não tem dúvidas quanto aos resultados de seu ministério. Sabe que a Palavra não volta vazia, antes cumpre o que Deus determinou. Nos eleitos, produzirá fé salvadora, como “aroma de vida para vida”. Mas para os réprobos, a mesma pregação produz mais endurecimento, como um “cheiro de morte para morte”. De uma forma ou de outra, Deus é glorificado e o pregador regozija-se nisso. Logo, o pregador fiel não se ilude quanto à levar multidões à fé, nem se aflige se os resultados parecem poucos, pois não se desespera sabendo que nenhum eleito deixará de ouvir e crer no Senhor. E que os que não derem crédito à pregação e forem após os vendilhões de um evangelho corrompido é porque foram entregues à operação do erro, por não aceitarem a verdade.

Soli Deo Gloria
Por Clovis Gonçalves
Fonte: [ Cinco Solas ]

Esquisitices da música gospel: Dança profética, o que é isso??

quinta-feira, 19 de julho de 2012



 Uma das mais marcantes características litúrgicas das igrejas neopentecostais são os grupos e ministérios de dança. Do Oiapoque ao Chuí tornou-se comum encontrar nas comunidades evangélicas grupos coreográficos que dançam em meio ao louvor. Mediante passos coreografados, roupas extravagantes e esvoaçantes, além de variados acessórios, rapazes e moças dançam de forma esfuziante enquanto o povo de Deus entoa canções a Deus.
Bom, antes que seja apedrejado pelos bailarinos de plantão, quero afirmar que acho a dança uma arte belíssima, e que acredito piamente que possua o seu lugar e espaço no cenário evangélico. Entretanto, colocar a dança em meio à adoração é no mínimo mau gosto. Ora, para inicio de conversa o momento de adoração deveria ser única e exclusivamente para adorar a Deus e não para a apresentação de grupos artísticos. Para piorar a situação algumas das danças em questão são absurdamente sensuais, de péssima coreografia e com uma roupa que faz inveja a qualquer concurso brega deste pais.
Se não bastasse essa esquisitice toda, os que advogam o ministério de dança o fazem afirmando que quando dançam, agem profeticamente. Como não poderia deixar de ser, os bailarinos gospel forçam uma intrepretação biblica fundamentando sua prática em textos do Antigo Testamento, como por exemplo, os episódios ocorridos a Miriã e David respectivamente. No novo Testamento encontram base para o seu comportamento ao afirmarem que João Batista estremece e salta de alegria no ventre de sua mãe ao sentir a presença do Messias. Além disso, afirmam que a Igreja nasceu em Jerusalém, não em Roma e em virtude disto podem dançar com liberdade.
Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Não sou contra a dança, desde que seja feita de forma contextualizada e fora do momento de louvor com musica. O que não dá, é no meio da adoração, tirarmos a atenção daquele que nos salvou focando num bando de dançarinos despreparados, achando que aquilo que fazem é expressão de arte. Ora, se querem dançar, que o façam em momentos diferentes através de ritmos diferentes e com roupas menos esquisitas.
Pois é, como já escrevi anteriormente, parece que nos últimos anos a igreja se perdeu no caminho em direção ao trono do Altíssimo. Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso Deus nos reconduza a sala do trono e que lá possamos adorá-lo integralmente entendendo assim, que a glória, o louvor, a soberania pertence exclusivamente a Ele.
Pense nisso!

Verdade ou Unidade: qual é mais importante?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Verdade ou Unidade. Se você tivesse de optar entre a Verdade e a unidade no seio da Igreja de Deus, por qual você optaria? Você ama mais a Verdade ou a Unidade? É óbvio que ambas são importantes e que, quando vivenciadas na mesma igreja local, que isso é o ideal. Todavia, em um tempo quando a Igreja de Deus se encontra dividida por muitas ‘vozes’, ‘visões’, e ‘novas revelações’, torna-se necessário que nos questionemos: manter-nos unidos, mesmo sabendo que há mentira sendo pregada entre o nosso povo, ou manter-nos na Verdade, mesmo que essa custe o rompimento entre nós e pessoas que amamos?

Inacreditavelmente, a maioria tem optado pela unidade. A Verdade tem deixado de ocupar o lugar mais importante na Igreja de Deus. Não há mais uma luta pela Verdade, mas um discurso pagão em favor da unidade e do politicamente correto. Por quê? Porque deixamos de pregar o que é e quem é A Verdade!

Não podemos nos esquecer de que Jesus Cristo é a Verdade (Jo 14.6). Não há outra! Ele é, e tudo o mais, para ser verdadeiro também, deve estar nEle ou proceder dEle. Nesta batalha pela Verdade, nós só temos dois lados: ou você está com ela ou não. Ainda que uma espada tenha que ser colocada entre você e pessoas que você sinceramente ama, que você nunca deixe a Verdade!

Se você questionasse os membros de sua igreja quanto ao que é mais importante, o que eles responderiam: A Verdade ou a Unidade na igreja?

John MacArthur, em seu livro A Guerra pela verdade, descreve como esta está, agora mesmo, sob ataque. “Muita coisa está em jogo”, como diz Albert Mohler, sobre o livro de MacArthur. A mentira e a tolerância têm vindo de forma veloz sobre o povo de Deus, e este tem dado as boas-vindas para aquelas. O povo de Deus está em perigo! Muitos escolhidos têm sido enganados. E o que faremos? Deixaremos de falar a Verdade em amor? Deixaremos de pregá-la? Deixaremos de mencionar o nome daqueles que têm-na pervertido? Não! Devemos fazer como o Apóstolo Paulo em 2Tm 4.10,14; 1Tm 1.19-20; 2Tm 2.16-18 e Gl 2.9-11, dando nome aos responsáveis pelo veneno que tem, falsamente, alimentado muitos que amam sinceramente a Verdade.

MacArthur, em um debate no programa Larry King Live, da rede americana CNN, diz que vivemos atualmente uma guerra, e não uma briguinha, mas uma grande guerra “pela integridade, pela autoridade, pela veracidade, pela inerrância e pela inspiração da Bíblia”, diz MacArthur (veja o vídeo aqui).

A grande falácia de nosso tempo é que ‘não há verdade’, ‘tudo é relativo’ (como se essa afirmação já não fosse um absoluto) – cada um tem a sua própria verdade, e ninguém deve ficar julgando o outro. De fato, Jesus Cristo nos exortou a não julgarmos as motivações do coração de ninguém, pois somente Deus as conhece perfeitamente. Mas, em nenhum momento a Bíblia nos exorta a não julgarmos as palavras e atos públicos desse alguém, principalmente se essa pessoa estiver falando em nome de Deus.

Não se trata de odiar ninguém, pois “se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso” (1Jo 4.20). Trata-se de amarmos a Verdade, sincera e profundamente. Trata-se de amarmos a Deus sobre todas as coisas (ideologias, achismos, tradicionalismos, usos e costumes, líderes, etc.).

Que Deus tenha misericórdia de Sua igreja em nossa nação. Que Deus nos envie um genuíno avivamento espiritual, a fim de que possamos amar mais a Verdade, orar mais à Verdade, ler e pregar mais a Verdade: à Jesus Cristo, a própria Verdade que nos salva de toda mentira, veneno e engodo dos falsos mestres.
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Fonte: [ Blog Fiel ]

Cretenses na igreja brasileira!

terça-feira, 10 de julho de 2012


Esse homem ai ao lado é Epimênides. Ele seria chamado por muitos falsos profetas de um "blogueiro recalcado" dos dias de Creta no século VI a.C. Um poeta e elevado, graças a sua denúncia sobre Creta, à condição de profeta pelo apóstolo Paulo em Tito 1:12, delatou que os cretenses em geral eram "sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos". Esse erro terrível dos moradores da ilha os levavam a ser como muitos de nós hoje em dia: enganadores e aproveitadores, que até mesmo usavam da fé do povo para tirar vantagem. Muitos falsos profetas atacavam nesse lugar, transtornando casas inteiras "ensinando o que não convém, por torpe ganância" (v.11) . Eram homens que tomavam coisas como impuras, ensinando um fundamentalismo tolo que trazia por trás ganância, rapinagem e uma vida desregrada e levada ao pecado (vv. 15 e 16).

Hoje em dia diversos "mestres" falsos se levantam, querendo apagar de nós todos a sã doutrina bíblica e nos levar a uma religiosidade fingida e guiada para nossos ganhos financeiros pessoais e nosso EU, nosso umbigo como deus, para sustentarmos nossos ventres preguiçosos. Haja campanha disso, desafio daquilo, tudo menos renúncia e cristocentrismo. Tudo para "nossos sonhos se realizarem", para "determinarmos" nossa vontade em detrimento da de Jesus. E isso tudo sem esforço algum. Afinal ser pobre "é uma doença, é ser um derrotado, Jesus não quer isso pra você, você é filho do Dono do Ouro e da Prata!" (trabalhar que é bom ninguém quer, só querem pilhar os céus).

E pra piorar estamos vivendo uma época em que não podemos mais repreender essas coisas, sob pena de sermos chamados de invejosos, caluniadores e desocupados. Paulo, Orígenes, Tertuliano, Agostinho e Lutero, seus fanfarrões!!!! Podiam se calar e continuar pregando o Evangelho de qualquer jeito ao invés de perderem seus tempos dando uma de apologistas!!!

O fato é que independente dos que se calam, nossa missão é FALAR E MUITO. Falar o que procede da sã doutrina (Tito 2.1), repreender os que pregam mentiras com TODA AUTORIDADE pra isso (Tito 1.13 e 2.15) e caso insistam, evitar esses tolos (Tito 3.9-11) mostrando a todos o quanto ele está caído e pervertido e assim podendo calar a voz deles para aqueles que ainda querem ouvir apenas a voz do Bom Pastor (Tito 1.11). E nós mesmos temos que buscar, como sacerdotes e defensores da fé, sermos irrepreensíveis (Tito 1.5-9), para que estejamos prontos para todo e qualquer combate em nome de Cristo e que ELE realmente seja louvado em tudo.

Deus nos abençoe e nos instrua a cada dia, nos dando coragem e discernimento para abrir nossos lábios para a Verdade ser proclamada!
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Adorando a Deus ou a nós mesmos?

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Quem está sendo adorado em nossos cultos? Hoje é comum o pensamento de que o propósito do culto é entreter, animar... A idéia não é adorar a Deus maravilhados no temor santo de Sua graça infinita manifestada em nós por amor a Cristo. O culto deixa assim de ser a agitação de todas as afeições santas produzidas em nós pelo Espírito através da revelação plena de Sua Palavra.

Não! As pessoas se reúnem muitas vezes para consumir, sentar, desfrutar de uma experiências musical, achar um pouco de auto-ajuda e conselhos para interesses próprios não centrados e nem com o propósito de glorificar a Deus. A mensagem deve ser não ofensiva ao ego sensível, não deve gerar desconforto... As pessoas estão ali para consumir como o fazem em teatros, cinema...

Quais são as razões pelas quais a grande maioria das pessoas escolhem onde congregar? Sequer pensam em escolher por causa da pregação das Escrituras que o levem de fato conhecer a Deus mais e mais... escolhem por fatores externos estranhos ao evangelho. A avaliação tem os mesmos aspectos que teriam ao se avaliar um restaurante... O ambiente, as luzes, a música, o ar-condicionado... ou um clube, ou um shopping... que tipo de rapaziada tem lá, que tribo frequenta...

Essa mentalidade abraçada nada mais é que um culto a si mesmo. E hipocritamente uma igreja profana chama isso de um culto “sensível” – Sensível a quem? Quando o objetivo de uma igreja é auto-congratulação ela se tornou idólatra e presta serviço e culto a si mesma e não é mais dirigida pelo mandamento de adorar somente a Deus. O foco está em si mesmo o culto se torna sessões psicológicas cujo principal propósito é gerar bons sentimentos sobre nós mesmos – O que é isso senão idolatria? A violação do primeiro mandamento?

Esta realidade está devorando a “igreja” de nossa geração” – Perdendo o foco de que Cristo é tudo, começamos a perguntar tudo o que podemos encontrar fora dEle que faça a vida satisfatória.

A verdadeira adoração é prestada a um Deus Santo! O que nos leva sempre a reconhecer que somos merecedores do inferno e que segundo tão somente a graça, pelo sangue de Cristo podemos entrar na presença desse Deus santo. Do começo ao fim adoramos o Deus da graça. Portanto a verdadeira adoração é uma perda de toda confiança em si mesmo e vendo somente a obra de Cristo como a centralidade do que somos, vivemos, e que se expressa em nosso culto, ou nosso culto é uma farsa.

Quando acreditamos que devemos ser satisfeitos em vez de Deus ser glorificado em nossa adoração, colocamos Deus abaixo de nós mesmos, com se a adoração e o culto fosse algo para nós e não para Deus.

Por Josemar Bessa
Fonte: [ Josemar Bessa ]
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