A onda... Evangélica!

terça-feira, 24 de maio de 2011

"Com ou sem religião, pessoas boas farão coisas boas e pessoas ruins farão coisas ruins. Mas para pessoas boas fazerem coisas ruins é preciso religião." Steven Weinberg


Estes dias assisti a um filme que se chama "A Onda", é um filme de produção alemã, que trata da história de um professor de uma escola pública que bola uma estratégia mirabolante como forma de provar suas teorias não ortodoxas. Ele convoca os seus alunos há viver uma semana com algumas regras, a fim de formarem um grupo distinto, sem diferenças, onde todos vestiriam naquela semana a mesma cor, falariam dos mesmos assuntos, e andariam juntos a se ajudar. Logo como grupo se cognominou como "A onda", só que o interessante é que com o decorrer da semana o que era um exercício de sala de aula se tornou uma bola de neve descontrolada, ao ponto de no final da semana um grupo gigante de pessoas estarem formando um grupo paramilitar, que só veio a acabar com o suicídio de um aluno integrante do grupo, devido a tentativa do professor em parar aquele movimento.


Para mim pessoalmente foi chocante a experiência, pois pouco a pouco comecei a me identificar com as experiências vividas pelos adolescentes, e vou citá-las para vocês. A convivência daquele grupo como uma proposta de vida onde as diferenças sociais seriam extintas, onde não haveria mais classes sociais e desigualdades, tomou uma proporção na mente daqueles jovens que logo eles sentiram um sentimento de superioridade de propósito, e passaram a um segundo estagio de descriminação dos diferentes. Em sala de aula havia uma proposta de ordem, que era passada como uma idéia de harmonia, onde a partir de uma obediência cega entendia-se que estes, eram padrões eram significado de fidelidade a um propósito maior. Logo sob um pretexto de harmonia e singularidade, como que entorpecidos por uma droga o grupo começou a exercer atos de barbárie contra os diferentes, e estipular os limites de liberdade para os outros colegas da escola.

Por mais que pareça cômico e até meio trágico, as semelhanças não são mera coincidência, mas impressões do que uma filosofia de conquista que pretexte melhoras em base da exclusão é verdadeiramente destrutiva, não só para os meios onde são exercidas, mas acima de tudo para as pessoas que participam. Por minha experiência pessoal, posso dizer sem medo de que os evangélicos são campeões em vender estes perfis de ideologia. Conquistam adeptos sobre pretextos de uma vida melhor, afirmando que a partir da agregação ao grupo, passa-se a ser uma “raça superior”, ou na linguagem evangélica; “nação santa”, “sacerdotes”, “reis”, “Príncipes”, e sobre esta idéia constroem uma realidade que oprime o diferente. Nestes meios assim como nestes sistemas ditatoriais, não existe espaço para questionamentos e discordâncias, a fidelidade é exigida acima de tudo, fidelidade esta que também é sinônimo de comungar com atos de barbárie que são tidos como justiça, endossadas pelos líderes como vontade divina.

Dentro destes ambientes ilusórios, multidões que caíram no enredo deste mundo fictício criado por religiosos fanatizados, vivem uma inverdade que mais é uma cadeia, pois nele se negam a questionar a imperfeição e desconexão com a realidade do sistema ao qual estão inseridos. Os lideres por sua vez, não aceitam serem questionados, e impõem-se de forma massiva sobre seus opositores, e quando sofrem resistência perdem o rumo de suas convicções, partindo para atos de ignorância ou para perda de suas referencias. Este sistema “evangélico” é uma verdadeira ditadura religiosa, que a meu ver às vezes passa a ser pior que uma filosofia “talibã” ou aristocracia radical. Pois sobre uma mensagem de bondade e amor ao próximo, subjetivamente distorcem a mesma, tornando-se instrumentos de segregação e ganância.

Talvez para uma mente mais evangélica o meu texto vai soar como heresia ou blasfêmia, mas para quem foi vitima do mesmo, trará uma compreensão e capacidade maior de lidar com esta realidade. Sim por mais triste que seja grande parte de nós cai no “conto do vigário”, e sobre um falso pretexto de bondade, uma ânsia de encontro com Deus, acaba por cometer atrocidades até o dia em que somos vítimas das mesmas. Creio que nosso maior desafio “e falo por experiência pessoal”, é encontrar Deus em meio a toda esta bagagem e informações as quais fomos por anos condicionados. De todas as minhas experiências, em toda minha caminhada, posso afirmar com garantia que Deus não é propriedade exclusiva dos evangélicos.

Quero desafiar a você a um requestionar de valores, a parar e perceber se você não é apenas mais um integrante da “Onda”, que esta tão cego ao ponto de não ter mais empatia e tato para sentir que existe um mundo a sua volta. Deus não criou você para ser um covarde que foge da vida, mas alguém que vive o seu “mundo” com caráter, sem precisar da proteção da “onda” ou da indicação de cegos guiando cegos, para ser apenas humano.


Leandro Barbosa

Apolgética de Compaixão!

sexta-feira, 20 de maio de 2011


Ser apologista não é e nunca foi uma tarefa fácil. Defender a fé cristã requer muito estudo, uma boa dose de empenho, grande capacidade de argumentação e o gosto peculiar por questionar a tudo, até mesmo às próprias convicções e trazer respostas satisfatórias para nossa mente e espírito.

Este é um cenário propício para que se perca a essência do foco do ministério de Jesus, que também é nosso: as pessoas.

Não raro percebo um desvio do foco do trabalho apologético nas mais diversas formas: debates em listas de discussão, no Orkut, em programas de rádio ou de TV, em sites focados no tema ou não. Tristemente acompanho debates que são verdadeiras batalhas entre egos, onde o objetivo é ganhar a disputa, ainda que não sirva para mais nada além disto.

A falência dos púlpitos brasileiros!

quarta-feira, 18 de maio de 2011



Os púlpitos brasileiros encontram-se em petição de miséria.
Lamentavelmente, do Oiaopoque ao Chuí o que mais vemos são pregadores despreparados assumindo os púlpitos de suas igrejas. Na verdade, ouso afirmar que encontrar um bom pregador cuja teologia seja saudável é quase uma missão hercúlea. Confesso que estou cansado de ouvir pregações vazias, superficiais, materialistas, humanistas e triunfalistas, de gente que contraria totalmente o ensino bíblico.

Infelizmente o que mais se ouve em nossos púlpitos é "Você vai obter vitória", "Você é um vencedor", "tome posse da bênção", "Use a palavra para trazer à existência as coisas que não existem" e muito mais. Pois é, toda essa parafernália é oriunda das leis de visualização e reprogramação mental que vêm das filosofias e religiões orientais, carregadas também de aspectos inerentes ao Gnosticismo, heresia grega que exalta o conhecimento para a libertação do Homem. Se não bastasse isso, nossos púlpitos estão impregnados de falsos profetas que ensinam os valores da teologia liberal, pregando de forma desavergonhada que o diabo não existe, que a criação é um mito, que Jesus não fez milagres, que o Mar Vermelho não se abriu diante a ordem de Moisés e muito mais. Para piorar a situação, eis que surge no cenário brasileiro, teólogos do teísmo aberto, cujo ensino descaradamente afrontam as verdades bíblicas. Para tais individuos, o Senhor é um deus que abriu mão da sua soberania em prol do amor. Para esta gente transloucada o Deus da história se transformou num tipo de divindade EMO, que chora pelo sofrimento do homem, sem contudo, poder intervir nos dramas e dilemas da humanidade.


Caro leitor, acredito que essa loucura toda se deva em parte a dois fatores. Primeiramente ao fato inequívoco de que os nossos seminários teológicos encontram-se falidos.


Há pouco passei em frente a uma igreja evangélica deparando-me com uma faixa que dizia: "Venha estudar gratuitamente em nosso seminário teológico."


Confesso que ao ler o conteúdo da faixa fiquei intrigado de como aquela igreja de aparência simples, poderia custear um seminário teológico, até porque, como todos sabemos os custos e despesas relacionados a manutenção de um seminário não são nada baratos.

Pois é, assim como o seminário em questão, existem inúmeros seminários esparramados pelo Brasil, oferecendo aos evangélicos um curso básico de teologia. A questão é que boa parte destes seminários não possuem a menor condição de capacitar, formar e qualificar líderes ao ministério pastoral, isto sem falar é claro, de que não possuem em sua equipe pedagógica professores capazes de ensinar aos seus alunos os conceitos mais básicos da fé cristã. Em contra partida, os grandes seminários das igrejas históricas experimentam a mais profunda crise ensinando em suas classes heresias sutis e destruidoras. Se não bastasse isso, tais seminários são tendenciosos ao extremo pregando aos seus alunos as aberrações do liberalismo teológico ou defendendo com unhas e dentes uma volta litúrgica ao século XVI, cujo fundamentalismo é a principal caracteristica.

Para piorar a situação, a maioria dos seminários abandonaram a confessionalidade, ensinando conceitos dúbios e confusos aos seus também confusos alunos. Em nome de uma fé interdenominacional, negocia-se a sã doutrina, o que por consequinte, contribui em muito para a idiotização da igreja de Cristo.

Quanto aos professores, o que se percebe é que ainda que possuam formação acadêmica, suas doutrinas não possuem uma linha teológica definida. Sinceramente confesso que não entendo como liberais dão aula em seminários confessionais, ou como neopentecostais ministram em seminários reformados e calvinistas. Para agravar mais a situação, boa parte destes professores ensinam um evangelho humanista, cuja ênfase principal é a psicanálise e auto-ajuda.

Em segundo lugar, acredito que o fato das Escrituras Sagradas terem deixado de ocupar o centro dos nossos cultos contribuiu em muito para a multiplicação de heresias e distorções teológicas. Infelizmente, a baqueta tomou o lugar da exposição da Palavra de Deus, a música ocupou o espaço que deveria ser destinado ao ensino bíblico, o que por consequinte, porporcionou o aparecimento de um novo tipo de evangelho, cujo foco principal é satisfação do homem.


Pois é, como já escrevi anteriormente creio que boa parte dos nossos problemas eclesiásticos se deve ao fato de termos abandonado a margem da existência as Escrituras. Não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.



O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.


Prezado amigo, em tempos difíceis como o nosso precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento, até porque, somente assim consiguiremos corrigir as distorções evangélicas que tanto nos tem feito ruborizar.


Soli Deo Gloria,

Renato Vargens

Fonte: [ Blog do autor ]

PESQUISA: VOCÊ É UM ARMINIANO E NÃO SABE?

sexta-feira, 13 de maio de 2011


Ao longo dos séculos, os calvinistas têm tanto sucesso vilipendiando o Arminianismo que as pessoas que são arminianas têm medo de dizer isso.  Isto é verdadeiro, mesmo que o Arminianismo seja a posição teológica do protestantismo cristão, na verdade, muitas pessoas estão arminianas e não sabem mesmo, e até mesmo negam. A presença do Arminianismo é tão generalizada que mesmo as mais fortes igrejas calvinistas têm entre seus membros os arminianos.  É irônico, então, que as pessoas tenham medo de dizer que elas são arminianas, por exemplo, muitos independentes e batistas do sul são tipicamente arminianos, mas mesmo assim muitas vezes se dizem calvinistas!

O objetivo desta pesquisa é ajudar as pessoas que têm uma teologia arminiana perceberem que elas são arminianas e ajudá-las a compreender que é bom ser arminiano.  As perguntas abordaram as questões mais pertinentes que definem Arminianismo e distinguem Arminianismo do Calvinismo.

1. Você acredita que Jesus morreu por cada ser humano?
• Se você respondeu sim à pergunta, então, pelo menos, você concorda com um dos princípios centrais do Arminianismo, e você seria geralmente indesejável em círculos calvinistas.
• Este é talvez o problema mais gritante, que divide o Calvinismo e o Arminianismo.
• A maioria dos calvinistas crê que Jesus morreu apenas por algumas pessoas, embora exista algum debate sobre se o próprio Calvino tinha essa opinião.
• Se você acredita que Jesus morreu somente para aqueles que acabariam por acreditar, então você realmente é calvinista e não um arminiano.

2. Você acredita que os seres humanos são tão depravados que eles não podem fazer nada para ganhar a salvação e que não pode escolher crer em Jesus sem a intervenção da graça de Deus?
• Se você respondeu sim, então você concorda com Arminius e o Arminianismo.
• calvinistas afirmam a mesma doutrina, mas afirmam que muitas vezes os Arminianos não, apesar de que há completa unanimidade entre os teólogos arminianos em afirmar a doutrina.

3. Você acredita que uma pessoa pode resistir ao poder de convencimento e a graça de Deus?
• Se você respondeu sim, então, novamente, você afirma outro dos princípios centrais do Arminianismo, como refletido nas palavras de Jesus: “Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes quis eu reunir os teus filhos... mas vós não o quisestes” (Mt 23:37).
• calvinistas afirmam que Deus determinou que as pessoas vão acreditar, fazer a sua fé possível, ele os chama para a salvação de tal forma que suas próprias vontades são dominadas, para que eles não possam resistir ao chamamento à salvação
• arminianos acreditam que Deus realmente quer que cada um possa acreditar, mas quando Deus permite que uma pessoa  acredite, ele o faz de tal forma que o indivíduo ainda pode resistir ao poder de convencimento do Espírito - a fé não é um resultado necessário de Deus permitindo a graça.

4. Você acredita que você é nascido de novo quando você coloca sua fé em Jesus?
• Se você respondeu sim, então você se prende a um dos eixos principais do Arminianismo e você provavelmente não é um calvinista.
• calvinistas crêem que Deus deve primeiro dar a uma pessoa nova vida para permitir a fé, sem ter sido feito para compartilhar a nova vida, pensam que uma pessoa não pode acreditar.
• arminianos defendem que as pessoas não recebem o dom da vida nova, até que elas acreditem.
• arminianos defendem que, quando uma pessoa crê, ela é unida a Cristo e só então é que ela participa da vida nova e é nascida de novo, uma pessoa não partilha da nova vida, sem primeiro estar unida com Cristo pela fé, pois “quem que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
(João 3:16).

5. Você acredita na eleição?
• Se você respondeu sim, então você pode ser um arminiano.
• calvinistas acreditam em uma eleição independente da fé
• arminianos acreditam que a eleição é “em Cristo”, ou seja, alguém que está “em Cristo” é eleito, mas que a fé é essencial para tornar-se unido a Cristo. Portanto, a eleição é condicionada à fé.

6. Você acredita na predestinação?
• Se você respondeu sim, então você pode ser um arminiano.
• arminianos afirmam que os crentes são predestinados para a salvação final, não que as pessoas estão predestinadas a acreditar.

7. Você acredita na segurança eterna?
• A questão é se as pessoas que verdadeiramente acreditam em Jesus para a salvação podem possivelmente destruindo a sua fé perder a sua salvação, uma vez que as pessoas que verdadeiramente colocaram sua fé em Cristo creiam que a sua salvação final é incondicionalmente garantida, ou vice-versa.
• Se você respondeu sim e não crê na segurança eterna, você pode ser um arminiano.
• o próprio Arminius era não se pronunciou sobre o assunto e nunca realmente ensinou que os crentes podem naufragar da sua fé e assim perderem a sua salvação
• Os Remonstrantes seguidores posteriores de Armínio nos debates teológicos do século 17, originalmente na Holanda não tomaram qualquer posição sobre esta questão, embora finalmente chegassem à conclusão de que os crentes podem fazer naufrágio da sua fé e assim perecer.
• Se você respondeu que não crê na segurança eterna, então você afirmou algo que muitos arminianos afirmam fortemente, e você certamente não seria bem-vindo no campo Calvinista.
• A declaração de fé oficial da Sociedade de evangélicos arminianos apenas afirma que “perseverar na fé é necessário para a salvação final”, sem comentar sobre a possibilidade de naufrágio da fé.
• Todos os calvinistas crêem na segurança eterna incondicional (alguns sem qualificação e alguns porque acham que a fé e a sua manutenção é devida à eleição incondicional).
• A maioria dos independentes e batistas do sul baseiam sua reivindicação de serem calvinistas sobre este tema único, no entanto, à luz do acordo histórico entre arminianos para permitir a discordância sobre esta questão, a segurança eterna não é um fator determinante na questão em saber se é um arminiano ou um calvinista.

8. Você acredita na visão da satisfação penal da expiação?
• Se você respondeu sim ou se você respondeu não, você pode ser um arminiano.
• A visão da satisfação penal da expiação, afirma que a morte de Jesus implica um pagamento pelo pecado.  Ela assume que a justiça de Deus exige que o pecado seja punido e que a justa ira de Deus foi desviada dos pecadores merecedores e derramou-se sobre Jesus como seu substituto
• Esta opinião é defendida pela maioria dos calvinistas e por maioria dos arminianos embora alguns arminianos rejeitem a noção de que Deus castigou o seu Filho Jesus
• Armínio afirmou o ponto de vista da satisfação penal da expiação

9. Você acredita que Deus conhece exaustivamente o futuro?
• Se você respondeu sim, você pode ser um arminiano.
• calvinistas e arminianos acreditam que Deus sabe o futuro de forma exaustiva.
• Alguns arminianos pensam que a negação dessa doutrina é uma rejeição da base do teísmo cristão, e que aqueles que negam a doutrina não podem ser arminianos.
• A Sociedade dos evangélicos arminianos afirma a doutrina, e não se pode pertencer à sociedade se não se está de acordo com ela.

10.  Você acredita na soberania de Deus?
• Se você respondeu sim, então você pode ser um arminiano.
• Todos os calvinistas e arminianos afirmam a soberania de Deus, mas diferem na dotação de Deus para a liberdade de seres humanos.
• Alguns calvinistas definem a soberania como Deus ordenar e predeterminar todas as coisas e eventos, de modo que a escolha humana é apenas uma ilusão.
• Alguns calvinistas não negam explicitamente a liberdade humana, mas a tentativa de redefini-la para encaixar seu ponto de vista da soberania.
• arminianos afirmam o livre arbítrio e que os seres humanos realmente fazem escolhas genuínas, inegavelmente, afirmando a culpabilidade humana no pecado.
• A visão arminiana da Soberania é que Deus tem o poder e a autoridade para fazer tudo o que ele quer, e nada pode acontecer a menos que ele o faça, ou permita.
• arminianos acreditam que Deus é soberano o suficiente para dotar as suas criaturas com livre-arbítrio
• A visão arminiana da soberania e da liberdade humana é motivada por sua compreensão do caráter de Deus como sendo santo, para que: 1) Deus não é o autor do mal e 2) os seres humanos são culpados por seus pecados.

Em resumo, você pode ser um arminiano e acreditar...
• Na doutrina da expiação ilimitada (Jesus morreu por todos)
• na doutrina da depravação total (as pessoas são incapazes de crer em Jesus sem a intervenção da graça de Deus)
• na doutrina da graça irresistível (Deus dispensa a graça de tal maneira que as pessoas podem resistir sua graça)
• na doutrina da eleição (todos aqueles que estão “em Cristo” são eleitos)
• na doutrina da predestinação (crentes são predestinados)
• na doutrina da segurança eterna
• na doutrina da satisfação penal da expiação (Deus puniu os pecados do mundo em Jesus)
• na doutrina da onisciência (incluindo a de que Deus conhece o futuro perfeitamente)
• na soberania de Deus (Deus pode fazer o que quiser, incluindo dotar os seres humanos de uma vontade livre).

Como afirmei anteriormente, a posição padrão do evangelismo cristão é o Arminianismo.  E como pode ser visto neste breve resumo, é bom ser arminiano.
Para uma reflexão mais aprofundada sobre estas questões, leia o arminiano Roger Olson Teologia: Mitos e Realidades, que estabelece a teologia arminiana clássica e derruba 10 mitos sobre o Arminianismo.

James M. Leonard – Batista Arminiano

Tiramos o Diabo para Dançar - Quando a igreja tenta ser "relevante"!

segunda-feira, 9 de maio de 2011



Qual é o grande negócio da nossa sociedade? Qual a grande característica dos dias atuais? O que caracteriza mesmo a base do que tem sido pregado como “evangelho” em nossos dias? A concupiscência. O mundanismo está destruindo a igreja da nossa geração.

A concupiscência reina. O tamanho, a força e a “onipresença” da indústria do entretenimento mostra o quanto a sociedade está entregue completamente a concupiscência. Quais são as ferramentas massivas da propaganda? A avareza, a glutonaria e acima de tudo os desejos sexuais – Aquilo que gostamos de chamar de cultura – aquilo que achamos poder abraçar para “ganhar” o mundo – a concupiscência é o grande negócio na nossa cultura. Como disse Andrew Kevin Walker: Quando você dança com o diabo, você não muda o diabo, o diabo muda você.

A sociedade e cultura que tanto encantam a igreja é a exata expressão da declaração de Paulo: “Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si” (Rm 1.24).

Quanto mais essa concupiscência é alimentada e encorajada, a tolerância com toda espécie de obscenidade, pornografia e outras formas podridão aumenta.

A palavra grega para concupiscência é epithumia, que simplesmente significa “desejo” – neste caso um desejo insaciável por prazer, lucro, poder, prestígio e sexo. Na verdade podemos dizer que concupiscência é o desejo de algo que Deus proibiu – são as concupiscências da carne. A ordem de Deus a seus filhos é estarem em guerra – somos chamados a nos “abster das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pe 2.11).

Olhe a sua volta e veja o juízo de Deus contra essa geração – o julgamento de Deus é “...Deus os entregou... à imundícia” (Rm 1.24). A palavra entregou usada aqui é usada algumas vezes para indicar alguém que foi enviado para a prisão ( paradidomi ) (Mc 1.14; At 8.3) – Ou seja, Paulo está falando de um ato judicial de Deus pelo qual ele retira sua mão e a consciência fica completamente calejada – Deus permite que as conseqüências do próprio pecado levem as pessoas a uma rota catastrófica – guiados pela paixão descontrolada...

E qual é a meta da igreja? Tirar o diabo para dançar. Tentar fazer o evangelho “relevante” – tentar se utilizar de uma cultura entregue a sua concupiscência para resgatá-la? Quem muda? O mundo? A sociedade? Não! Quem muda é a igreja – ao tirar o diabo para dançar não é ele que muda – Você muda!!!

A santidade nunca vai ser relevante para esta sociedade. E não há nada dela que você possa usar para promover santidade. A vida cristã, ao contrário de ser uma tentativa de encontrar pontos em comum com um mundo entregue a sua concupiscência, é uma luta. Você entra nela não por meio de estratégias que fazem o evangelho “relevante” – como se irrelevante ele fosse – Para esta sociedade o evangelho só se torna “relevante” quando suas concupiscências são introduzidas nele – ou seja, quando ele se torna uma farsa. E então esse “evangelho” passa ser parte da indústria do entretenimento, promete ajudar as pessoas a satisfazerem as concupiscências da carne, dos olhos e a soberba da vida (sinais de status ).

Não! O evangelho verdadeiro exige que se entre por uma porta estreita e um andar diário num caminho estreito. O caminho do verdadeiro evangelho não é sequer um caminho, um ponto entre dois extremos – um ponto convergente. O caminho cristão é um caminho estreito entre dois precipícios. Ao sair dele para achar um ponto em comum com o caminho largo você despenca e cai. O evangelho envolve viver pela fé e com auto-renúncia travar uma guerra santa com um mundo hostil – nossa missão não é achar um ponto convergente, esse ponto sequer existe. Não existe nada em comum entre – satisfazer as concupiscências e viver uma vida de santidade.

Pelo contrário, a vida cristã é uma guerra árdua, pois esse mundo, essa sociedade sem Deus, não lutará com justiça ou clareza. Não aceitará cessar fogo e não assinará tratado de paz até que você esteja completamente conformado ao que ele é.

O crente não tem que tornar o evangelho “relevante” ao mundo – ele tem que vencer o mundo. Vencer o caminho do mundanismo – João nos diz: “Porque todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo...” (1 Jo 5.4,5).

A Bíblia não encoraja a tentar encontrar qualquer ponto em comum com o mundo, ela afirma: “não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2.15-17).

O amor ao mundo e o amor ao Pai são duas coisas incompatíveis: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mt 6.41).

Esqueça – combinar o evangelho e o mundo, encontrar um ponto de interesse mútuo, convivência pacífica, é impossível. A igreja hoje não está se tornando relevante, ela é mundana. E o mundanismo é a natureza humana sem Deus. Alguém que pertence a este mundo é controlado por interesses mundanos: a busca do prazer, lucro e status – ou seja – o ‘evangelho’ moderno. O espírito do interesse pessoal e auto-satisfação. O Homem mundano se rende ao espírito da humanidade caída – uma igreja assim é aceita pelo mundo – não porque ele tenha mudado – mas porque a ‘igreja’ mudou. Ela é ‘relevante’? – para o mundo e o diabo, sem dúvida.

Por natureza, todos nós nascemos mundanos. Pertencemos a este mundo perverso; ele é o nosso habitat natural. Por natureza todo homem tem uma mentalidade mundana que não está “sujeita a lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rm 8.7).

Não adiante tentarmos “santificar” as concupiscências do mundo – isto é uma contradição. Portanto, vencer o mundo não significa santificar todas as coisas do mundo para Cristo. Ser o que eu era antes, fazer o que fazia antes, ter prazer no que tinha antes... só que dizer que santifiquei essas coisas a Cristo. Não temos que cristianizar as formas de prazeres que o mundo oferece. Isso não é vencer o mundo, é ser vencido por ele.

Vencer o mundo segundo a Bíblia é lutar todos os dias da nossa vida pela fé – a revelação de Deus – contra o curso de um mundo perverso e que vai, como diz Paulo em Efésios – “se corrompendo pelas concupiscências do engano”.

O problema é que a grande maioria das pessoas fariam qualquer coisa pra não ser diferentes. Preferíamos, antes, misturar-nos. Um dos maiores temores do homem é o ostracismo, ser rejeitado pelo “grupo”. A dor do ridículo é grande demais para a maioria das pessoas – não queremos suportar isso.

Há o temor de parecer tolo, temor de ser mal-interpretado e vilipendiado. Tudo o que Jesus pareceu a este mundo – que por isso o matou. Ou seja, há um temor de se parecer com Cristo (é ridículo dizer – como alguns tentam – que a cultura de sua época o aceitou, entendeu... – nem a cultura judaica, religiosa – e nem a cultura pagã romana depravada) – Elas se juntaram para o matar.

Nunca o Evangelho bíblico será relevante para este mundo – os que são salvos são tirados do império das trevas e transportados para o Reino do Filho do amor de Deus.
A ordem é “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2).

Esta geração escolheu não obedecer ensino tão claro.Ao invés disso, resolvemos tirar o diabo para dançar. Resultado? Como era de se esperar o diabo e o mundo, que jaz no maligno, não mudaram – a ‘igreja’ mudou.

Por isso Charles Spurgeon disse: “Não posso imaginar um instrumento mais útil a satanás do que ministros mundanos.”

Não podemos tornar o evangelho relevante, podemos torná-lo falso. O evangelho é a Sabedoria de Deus! E como disse Ronald Eyre “você não pode encontrar o conhecimento, reorganizando sua ignorância” - Se já tivéssemos convencidos de nossa ignorância, sequer tentaríamos tornar o evangelho relevante.

Mas em nossa estupidez tiramos o diabo para dançar.

Deus tenha misericórdia de nós!

Soli Deo gloria!!

Fonte: [ Josemar Bessa ]
Via: [ Blog 2ª Timóteo 3:16 ]

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