IGREJOLAS E POLITICAGENS: HIPOCRISIA E OPIADO DA MASSA RELIGIOSA IGNORANTE!

terça-feira, 26 de outubro de 2010




Desculpe-me, mas depois de ler conversas sobre política do Rubem Alves, acompanhar por vários dias as aberrações religiosas midiatizadas e, acima de tudo, ouvir vários religiosos opiados, ignorantes e fedelhos na fé, resolvi escrever mais umas bobagens neste único espaço que me resta para desabafar meus tumores mentais à luz da fé cristã.

Não estou preocupado com a escrita, muito menos com o que acharão de mim após a leitura desse fiasco textual, apenas escrevo aquilo que me engasga e aumenta meu tumor cefálico, principalmente nos últimos dias politiqueiros. Claro, que não estou confundindo Política com politicagem, tampouco Igreja com igrejolas e muito menos generalizando a massa religiosa opiada desse brasilzão que dizem ser cristão.
Para me enlouquecer de vez, além das hipocrisias acerca do aborto e outras questões de cunho religioso afloradas nessas eleições e surtidas efeito nos analfabetos mentais Brasil afora; ligo meu ultrapassado computador e me deparo com um panfleto eleitoral: “Jesus é a verdade e a Justiça. Vote no 45”. Palhaçada esse negócio hipócrita e extremamente opiado.

Bastou as igrejolas entrarem no esquema da politicagem e da fé opiada da massa ignorante, fanática, fundamentalista e hipócrita que logo o assunto religião tornou-se tema crucial para decidir as eleições 2010. Basta ler um pouquinho da história do Cristianismo e logo perceberemos quanta hipocrisia religiosa, pois quem sempre matou, excluiu, explorou, escravizou, e enriqueceu ilicitamente, tudo isso em nome de Deus, agora defende a vida. Que vida? Liderança maldita.

Obviamente que as igrejolas as quais me refiro, representam uma grande parcela da liderança católico-evangélica brasileira, corrompida, engessada e que sempre esteve a favor do sistema imperante, usurpador de toda e qualquer forma de liberdade religiosa. Claro que política e religião sempre estiveram de mãos dadas, mas me parece que dessa vez a coisa desandou pra valer. Bispos se vendem, pastores criam fama e roubam a fé alheia e, ainda por cima, igrejolas se declaram través de nota oficial, apoio a determinado(a) politiqueiro(a), agora, amantes do santo Evangelho. Até algumas arquidioceses entraram no jogo sujo da politicagem. Vergonha.


As politicagens corrompem até mesmo pastores e padres Brasil afora, claro que se trata apenas de uma grande parcela, mas parece que o mar do opiado inundou de vez nossas igrejolas sem identidades e bastante contraditórias. Lembras?: “Faças o que eu digo, mas não faças o que eu faço”. Alguma novidade nisso tudo? Deixa pra lá.

Às vezes me sinto com vergonha de declarar que sou evangélico. Sabe por quê? Ligo meu velho televisor e estarrecedoramente assisto a um monte de bobagens religiosas decoradas, repetitivas, recopiadas e sem o mínimo de consistência teológica e muito menos bíblica e, ainda por cima, a serviço do império da politicagem, cujos pregadores, em sua maioria, fazem do púlpito e altar, antes sagrados, verdadeiros trampolins eleitoreiros, regados por propinas à luz da fé cristã.

Sinceramente, ter uma bancada evangélica onerosa no Congresso e cada vez mais representantes declarados ungidos de Deus e pregoeiros da justiça divina na esfera pública, em nada me anima, mas não sinto um mínimo de felicidade nesse fato, pois infelizmente, acredito que a grande maioria está a serviço dos seus cofres religiosos e status religioso, apenas isso.

De que adianta 30 ou 40 milhões de evangélicos espalhados por este território? Se levarmos em conta as divisões eclesiásticas, escândalos, desvios, enganações, inimizades e patrimônios pessoais construídos lá fora, logo veremos que de nada adianta mesmo. Acredito que quanto maior for o percentual maior será a busca desenfreada pela hegemonia político-religiosa. Não declarar imposto de renda dá nisso.
Enquanto cada um defende seu ponto de vista, claro, aproveitando os poucos minutos de fama politiqueira para se posicionar a favor do dogma religioso, cresce a miséria, cresce a ignorância, cresce o analfabetismo, cresce a droga, cresce o ópio, cresce a vergonha da fé, cresce o absurdo da dominação, basta observar os panfletos de demonização do PT que são distribuídos após as missas e cultos no sudeste do país. Será que

Deus tá nesse negócio? Coitado do Galileu andante.Ainda bem que continuo a ter fé. Não se engane! Sinto-me à semelhança do Mestre Nazareno, com um belo chicote na mão, botando pra correr essa grande cambada de bandidos religiosos hipócritas. Sinto-me à semelhança do João Batista, gritando: raça de cobras venenosas e à semelhança dos profetas, não me conformando com essa palhaçada sem graça. Até quando meu Mestre? Até quando?

Nulamente concluo.

Adriano Trajano



Pastor da Igreja Batista em Chã Preta/AL





O Mistério de nossa humanidade!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010



Como idealizei as pessoas que participaram de minha vida! Quando eu era criança, papai parecia inabalável. Eu o via grande; suas mãos eram fortes, seus passos, decididos.



Mais tarde, elegi ícones nos esportes. Depois, na religião. Mas um dia meu velho estava bastante doente, alquebrado pela Síndrome de Alzheimer, e eu precisei descê-lo dentro de uma lona de quatro alças pelas escadas do seu apartamento. Do Eródoto José Rodrigues sobrava muito pouco. Enquanto descíamos, vi seu corpo balançando, decrépito e magro. A rede empunhada por quatro homens o jogava de um lado para outro; a valsa era macabra. Lembrei de quando segurava sua mão e me sentia amparado. A decadência física de meu pai escancarava quão efêmeros nós somos. Daquele dia em diante passei a repetir: ninguém é inabalável em sua subjetividade emocional; as mais sólidas convicções intelectuais sofrem abalos; nenhuma pretensão moral é de aço inoxidável.



Não existem monstros ou santos. Todos somos flamas oscilantes. Carregamos sombras na alma. Não passamos da combinação ingênua de noviços, ineptos em abraçar o bem, e de bandoleiros, hesitantes na prática do mal.



Viver consiste no desafio de alargar o coração e deixar que réstias de luz iluminem as nossas sombras. Não permitamos que trevas se alastrem dentro da gente. Demônios tenebrosos se multiplicam em ambientes lúgubres. No alto da colina da ilha chamada vida, sejamos lanterneiros, sempre a projetar nosso farol na direção de algum viajante perdido. Não esqueçamos: só se credencia a morar no céu quem, na terra, não abandonou o mandato de ser luz.



Fujamos do ar viciado do negativismo. Aprendamos a talhar nossa história sem nos deixar destruir pela perversidade do mundo. Perseveremos em fazer o bem. Os cínicos desistem da lida; os pessimistas ajudam a empurrar a história para o desespero; e os neofundamentalistas tentam fazer nascer, a fórcipes, um mundo desde as suas verdades. Forjemos a nossa humanidade com a constatação de que somos limitados. Esvaziemos a arrogância de ter toda a verdade. A verdade reside na democrática convivência dos povos.



Reconheçamos que cada indivíduo é um universo; suas relações sociais são infinitas. Não tentemos imobilizar a dinâmica da cultura ou da ética. Bem e mal se transformam velozmente. A tarefa de joeirar virtude e vício é complexa. Não há códigos suficientes que abarquem todas as nuanças da vida. Crescemos quando nos abrimos para uma coexistência inclusiva, sem preconceitos e sem ódios. Viver é amadurecer a arte do diálogo. Ao caminharmos na senda do amor, reconheceremos Deus no rosto do próximo.



Os que almejam humanidade fazem escolhas responsáveis; só eles discernem que o futuro jaz, latente, nos grãos plantados hoje. Só germinarão fraternidade e paz quando justiça for semeada. As máquinas de guerra devem ser desmontadas para que, logo, o arado substitua a espada e o cordeiro não tema pastar ao lado do leão.



Humanidade é obra que só pertence a nós, os humanos. Então, que se abandone a ideia de que o bem ressurgirá da ganância, do consumismo, do individualismo e da soberba.



Ergamos a nossa humanidade sempre cientes de nossa pequenez. Sem a soberba dos falsos campeões, celebremos cada encontro. Valorizemos quem amamos. Acolhamos os discriminados, os deficientes, os esquecidos. Contemplemos a história como artesãos que limam o ouro. Defendamos o direito, demos as mãos ao pobre e aguardemos: breve brilhará o sol da justiça, trazendo cura sob suas asas.


Ricardo Gondim
Soli Deo Gloria.

30-08-10

Verciculos biblicos que não existem... Mais que são usados nas pregações!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010


1. “Onde está seu coração, ali está o seu tesouro.”
Este “versículo” é tão usado pelos presbíteros, e citado pelos cristãos em geral, que é difícil encontrar alguém que identifique sua falsidade. De forma que podemos considerá-lo até como um “aspirante a versículo”. Na verdade, a maioria dos evangélicos acredita que, tão certo quanto o fato de Deus ser composto por três Pessoas, estas palavras são da própria Bíblia. A confecção deste texto inverídico deve ter sido feita após uma leitura desatenta do Sermão da Montanha, especificamente na parte em que o Mestre prega sobre o ajuntamento ilícito de riquezas na terra. Repare a diferença entre o trecho original e o texto distorcido pelos homens:



“Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”

(Mt 6.21)



Os descuidados invertem o dito do Senhor Jesus: colocam “coração” onde está escrito “tesouro” e põe “tesouro” onde está escrito “coração”. Isso para que dê a aparência de que Cristo ensinava que não importa a quantidade de bens materiais que a pessoa possua: bastaria ela colocar o coração em Deus que estaria tudo resolvido.



O que Jesus disse, realmente, é que nós podemos saber onde está o coração de uma pessoa observando onde ela ajunta suas riquezas: no céu ou na terra.



Vale lembrar que isso não condena o enriquecimento material, defendido como uma bênção divina em toda a Bíblia (Ec 5.19; 1Tm 6.17). O Messias estava apenas usando um recurso semítico de linguagem, comum na Bíblia, onde o lado natural era enfraquecido para enfatizar o lado espiritual. Por exemplo:



a) "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna..." (Jo 6.27)



Será que Jesus estava condenando o hábito de trabalhar pelo sustento material, ou Ele queria apenas dar importância ao ato de buscar as coisas de Deus? Outro exemplo do recurso semítico usado por Jesus é encontrado no Antigo Testamento, onde José diz:



b) "...não fostes vós que me enviastes para cá, e, sim, Deus…" (Gn 45.8)



Assim, poderíamos concluir que os irmãos de José não o mandaram para Egito. Mas, quatro versículos antes, ele havia dito: "Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito." (vs. 4)





Pregando sobre a forma de amar aos semelhantes, o apóstolo João declara:



c) "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)



Fica claro que João não desejava proibir o uso de palavras no exercício do amor, mas somente afirmar que o amor não pode se limitar ao uso delas. De qualquer forma, não devemos e não podemos criar textos bíblicos para defender o ajuntamento de riquezas terrenas, pois a própria se encarrega de fazer tal defesa em inúmeras outras porções.







2. “A fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus.”



Igual ao versículo anterior, esta frase é corriqueiramente declarada aqui e ali, sempre que o assunto tocado é fé. Ele é tão engenhosamente elaborado que muitos homens e mulheres de Deus o “soltam” de vez em quando, crendo piamente de que estão proferindo a Palavra de Deus. Na verdade, o que a Bíblia ensina é:



“De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus.”

(Rm 10.17) [ARC]



O apóstolo dos gentios está afirmando que o “ouvir” é produzido pela Palavra de Deus, e que é por esse “ouvir” que vêm a fé. É bem diferente do que os descuidados fazem a Bíblia parecer ensinar, pois, conforme a “pérola” pseudo-escriturística que eles criaram, é o ouvir do homem que gera a fé. Para entender melhor a diferença entre as versões de Rm 10.17, veja o que diz a Revista e Atualizada:



“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”



A palavra “ouvir”, empregada em várias traduções, tem o sentido de “entender”, “compreender” a mensagem do evangelho, por meio da pregação expositiva, e não ao mero ato de escutar.







3. “Os anjos queriam pregar o Evangelho, mas Deus reservou esta tarefa aos homens.”



É difícil entender de onde se originou esta tese teológica. Ela é tão espalhada pelas igrejas que se tornou quase um “adendo” popular à Bíblia, um versículo extraído da cartola mágica cada vez que se fala sobre a necessidade de levar as boas-novas aos perdidos. Apesar da raiz desta árvore infrutuosa não ser de tão fácil identificação, podemos sugerir que ela se encontra nas palavras de Pedro, o apóstolo dos judeus:



“A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.” (1Pe 1.12)



Talvez alguém que não conhece o sentido do termo “perscrutar” tenha lido o texto e daí tirado uma falsa conclusão, imaginando que o pescador de homens teria escrito que as “coisas” que os anjos anelam perscrutar é a atividade da pregação, e que perscrutar significa “fazer”. Embora seja essencial conhecer o sentido dos termos usados na Bíblia, o indivíduo que fez o versículo “abíblico”, que estamos desmascarando, vir à luz, não precisava recorrer ao dicionário para interpretar adequadamente o escrito de Pedro.



Veja o que diz a Revista e Corrigida:



“..para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.”



A tradução dos monges de Maredsous reza:



“Revelações estas, que os próprios anjos desejam contemplar.”



O que os seres celestiais desejam receber são as revelações proféticas de Deus, e não o encargo de levar o evangelho aos pecadores.







4. “E vi uma taça de ouro no céu. E perguntei: Que é isso, meu senhor? E me respondeu: Lágrimas de santos.”



Diferentemente das revelações divinas que os anjos queriam conhecer, as invenções humanas que vimos até aqui são pérolas baratas, recolhidas nas águas rasas do relaxo para com a Palavra de Deus. O pseudo-versículo transcrito acima foi citado duas ou três vezes por um querido pastor, a quem considero como grande pregador, e que possui uma igreja de tamanho médio, o que prova que ninguém está livre de soltar das suas “furadas” de vez em quando.



Este presbítero afirmou, com uma certeza tão segura quanto sua fé na auto-existência de Deus, que o diálogo acima foi tecido durante uma visão do apóstolo João, no livro de Apocalipse. Por incrível que pareça, ele não se preocupou em procurar este texto na Bíblia, quer antes de citá-lo, quer após, na repetição de seu erro. O mais próximo que lemos no livro das revelações ao que o referido pastor disse é o que segue:



“E, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.” (Ap 5.8)



“Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, que são e donde vieram? Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro (...) E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.” (Ap 7.13,14,17)



A junção desalinhada destes versículos deve ter resultado naquela prole híbrida que, infelizmente, foi apresentada no púlpito daquela congregação ao povo que ali estava, como sendo a Palavra de Deus. Resta saber quem foi o pai da criança, o qual não apareceu na apresentação da bastarda.







5. “Ficai em Jerusalém até que seja glorificado do alto”.



Igual ao versículo anterior, esta “muamba” é o resultado da fusão de dois textos inspirados. O que o torna mais abominável que todos os outros é que tem, em sua genealogia, um problema semelhante ao visto na distorção de 1Pe 1.12: a falta de compreensão acerca de uma determinada palavra.



“Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de águas vivas. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.” (Jo 3.37-39)



“E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes” (At 1.4)



Durante um estudo bíblico que ocorria em uma célula um certo rapaz, a quem estimo e tenho como um servo de Deus, disse que havia uma parte da Bíblia em que Jesus aconselhava seus apóstolos a ficarem em Jerusalém até que Ele fosse glorificado, ocasião em que o Espírito Santo desceria sobre eles. De acordo com aquele jovem, isso significava que Cristo ficou esperando que os discípulos o louvassem, glorificando-o, a fim de que o batismo no Espírito Santo fosse concedido a eles. Na realidade, o apóstolo do amor, em sua biografia de Jesus, não empregou a palavra “glorificado” com o sentido de “elogiado” ou “louvado”. Eles quis dizer que Jesus, como homem, ainda não havia sido “engrandecido”, ou “exaltado”, o que só ocorreria quando fosse levado à presença de Deus, a fim de se sentar ao lado do trono e ser reconhecido como Deus por Sua criação (Fp 2.9-11; cf. Is 45.23).



Confira o que a Bíblia na Linguagem de Hoje verte em Jo 7.39:



“Jesus estava falando a respeito do Espírito Santo, que aqueles que criam nele iriam receber. Essas pessoas não tinham recebido o Espírito porque Jesus ainda não havia voltado para a presença gloriosa de Deus.”



O apóstolo Pedro confirmou que Cristo foi glorificado por Deus, na ocasião de sua assunção e exaltação divina:



“Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. (...) Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (At 2.33,36)







6. “Toda a terra se encherá da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.”



Esta passagem fictícia é muito bonita – existe até uma canção que entoamos sobre ela em minha igreja – mas não faz parte dos escritos inspirados. Na realidade, o que a Bíblia afirma é:



“Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.” (Is 11.9)



“Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.” (Hc 2.14)



Como se vê, em momento algum se afirma que a terra se encherá da glória do Senhor. E isso para o desgosto dos que, mesmo com dezenas de anos de Evangelho nos ombros, tinham a frase supra-citada como sendo uma autêntica profecia divina.







7. “E Moisés disse: Que hei de fazer, Senhor? Pois eis que os egípcios se reúnem contra mim e contra este povo, a quem escolheste. E o Senhor disse a Moisés: Toca na águas.”



Deus não ordenou que Moisés tocasse no mar, e, realmente, não foi isso o que este profeta fez. Leia o relato singelo que se contrasta com a idéia exposta acima:



“Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar seco.(...) Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas.” (Êx 14.15,16,21)



Para quem possui dúvidas, basta atentar em que Moisés dividiu o mar não pelo toque de seu bordão na água do mar, mas pelo fato de estendê-lo sobre a água, fazendo com que um vento leste soprasse por toda a noite até dividir aquela massa líquida, que teria se juntado ao sangue hebreu caso Deus não houvesse intervindo com tal milagre (que, repetindo, não envolveu nenhum toque de vara).



Parece que há pessoas que não gostam do legislador de Israel, pois, como se não bastasse ele haver tocado na pedra para dela extrair água – desobedecendo à ordem de Deus para somente falar à pedra –, ainda querem fazê-lo incorrer em um delito de igual gravidade. Deste jeito, não era nem preciso esperar chegar nos limites de Canaã: nem mesmo da terra do Egito o escolhido de Deus teria passado. Tsc, tsc, tsc...







8. “Jovens, vós sois a força da igreja.”



A fim de defender a importância dos cristãos jovens, um querido e dedicado líder de igreja tinha por costume citar este “versículo”, a fim de dizer que eles seriam o motor do Corpo de Cristo. Isso é uma distorção grosseira e irresponsável da Palavra de Deus, que afirma algo muito diferente, porém também honroso acerca dos jovens convertidos do 1º século:



“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.” (1Jo 2.14c)



Oremos fervorosamente para que os jovens da Igreja Contemporânea também exibam estas três características, removendo e enterrando o que é velho (cf. At 5.5,6) para dar lugar às coisas novas do Senhor, uma nova porção do Espírito que caia como vinho fresco sobre a Igreja (Lc 5.37-39; Ef 5.18), abundando em conhecimento da Palavra (Mt 13.51,52; 1Jo 2.20,27), para que esta venha a ter cumprimento: “...e os jovens terão visões” (At 2.17).







9. “E, aconteceu que, subindo a arca do Senhor a Jerusalém, ao som da harpa, do alaúde e da cítara, Davi dançava no Espírito, com todas as suas forças.”



Hoje em dia, há pessoas que não aceitam o que a Bíblia ensina, em sua totalidade, acerca do louvor a Deus. Apesar de tão espirituais, elas são atingidas por uma “micalite aguda” (cf. 2Sm 6.20), que soa como um gongo pseudo-moralista toda vez que, numa reunião de culto, um crente se coloca a expressar sua gratidão e alegria ao Senhor usando todo o seu corpo, além dos lábios e das mãos. Para disfarçar essa mentalidade carnal, alguns afirmam que Davi – e também a profetiza Miriã –, dançou tomado pelo Espírito Santo, em uma ocasião única e inigualável, ignorando outras porções escriturísticas (Jz 21.19,20; Sl 149.3; 150.4; At 3.8).



É certo que o rei hebreu dançou mesmo no Espírito. Afinal, tudo o que os servos de Deus fazem é sob a direção Dele.



“Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.” (Gl 5.25)



Se a dança davídica não fosse espiritual, o Senhor não teria se agradado dela, da mesma forma que Ele não se agrada quando alguém lhe entoa um cântico “na carne”, sem meios de render-lhe sacrifícios de louvor com os lábios (Hb 13.15).



Mas afirmar que o rei foi possuído por Deus enquanto levava a arca, dançando em estado de êxtase, é forçar o que está escrito e ir além da verdade – embora estas experiências fossem comuns entre os profetas daquele tempo.







10. “Tocava Davi sua harpa no palácio de Saul. E havia que, subindo sua adoração ao Senhor, o rei era liberto do espírito que o atormentava.”



Esse é um dos maiores mitos disseminados entre os evangélicos. As Escrituras não afirmam que Davi louvava a Deus perante o rei Saul, e tampouco que o demônio saía deste em razão da sua “adoração ungida”. Na verdade, os toques do jovem israelita, dedilhando as cordas de seu instrumento, acalmava a mente perturbada do monarca, causando-lhe um efeito terapêutico. Isso era meramente paliativo, pois o espírito voltava a atacar periodicamente, necessitando que Davi tocasse novamente para reverter o estado frenético em que o rei d’Israel ficava ao ser controlado por aquele demônio de loucura.



“E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alivio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele.” (1Sm 16.23)



Isso revela que, muitas vezes, métodos humanos podem surtir efeitos benéficos sobre vítimas de espíritos de cegueira, epilepsia, mudez, transtornos mentais, e outros.







11. “Cristo virá, e os mortos ressuscitarão; num instante, num abrir e fechar de olhos, nós subiremos a ele, e para sempre estaremos com o Senhor.”



Creio que este seja um dos dez principais contrabandos, vendidos nas igrejas evangélicas, como autênticos versículos bíblicos. É de uma natureza tão torpe, que é triste averiguar a imensa popularidade que conquistou em todas as camadas, dos novos convertidos até os maiores mestres da Palavra. Veja por si mesmo o que ensina a Palavra divina:



“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (1Co 15.51,52)



O que o ministro dos gentios está dizendo? Que o arrebatamento será tão rápido como um piscar d’olhos, ou que a transformação dos nossos corpos –de mortais a incorruptíveis– será assim? É claro que a segunda opção é correta.



Esta história de Jesus voltar e os cristãos serem transformados e transladados, num milésimo de segundo, conseguiu se entremear nas páginas bíblicas em razão da aceitação do dispensacionalismo, um sistema escatológico que ensina que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Como os crentes poderiam ser arrebatados sem que o mundo os visse subindo até o Senhor? A resposta está neste texto pseudo-escriturístico.







12. “Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução; antes, embriagai-vos com o Espírito Santo.”



Esse é usado para defender as experiências de êxtase, nas quais os crentes balançam, caem, riem e fazem outras coisas mais. É uma tolice recorrer a uma invencionice tão descarada para embasar estas coisas. Há textos verídicos que abrem espaço para crermos que o Espírito Santo pode fazer as pessoas ficarem como ébrias. Para saber mais sobre isso, consulte o estudo “As Escrituras e os Êxtases Espirituais".







13. “Em verdade, em verdade vos digo: o diabo vem para matar, roubar e destruir. Mas eu vim para tenhais vida, e vida em abundância.”



“O ladrão não vem senão para matar, roubar e destruir. Mas eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância.” (Jo 10.10)



Quem é o ladrão que mata, rouba e destrói? O contexto clarifica a identidade de tal personagem:



“Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.” (vs. 8)



No vs. 10, Cristo não está especificando uma pessoa em particular como “ladrão supremo”, que seria Satanás, mas afirmando um conceito genérico: uma pessoa que recebe o título de “ladrão” tem por ocupação a apropriação total do bem alheio, mesmo que isso inclua roubar, destruir e matar aos outros. Contrariamente a isso, Jesus não é ladrão, pois Sua obra é o oposto disso: trazer a vida abundante, que é a vida eterna, espiritual. Em momento algum o Mestre cita a existência ou atuação do diabo.







14. “Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas.”



15. “Vós escolhestes a Saul sobre vós e vossos filhos, mas eu, o Senhor, não o escolhi; eis agora a Davi, homem segundo o meu coração, a quem tirei do aprisco de seu pai para reinar em Israel.”



16. “Irmãos, não desfaleçais; pois nos últimos dias virá o enganador, transfigurado em anjo de luz, o diabo e Satanás, que seduzirá a terra inteira. Ele surgirá como homem, falando e enganando a muitos, mas os escolhidos não lhe darão crédito.”



17. “E Sansão crescia em força e graça diante do povo de Israel; e era o varão mais forte de toda a terra, pois ninguém se igualava a ele entre os hebreus, os filisteus, os egípcios ou dos do lado da banda do oriente.”



18. “Aproveitando o sono de seu marido, Dalila foi e cortou-lhe as madeixas da cabeça, nas quais não passara navalha desde o nascimento; pelo que perdeu ele suas forças.”



19. “E, após os apóstolos terem visto o Senhor manifestado, chegou Tomé ao lugar em que estavam reunidos; contando-lhe os discípulos que o Senhor ressuscitara, e que havia aparecido a eles, não creu ele, pois era incrédulo, e duro de coração.”



20. “Vigiando em todo o tempo acerca do vosso falar e do vosso trato com os outros, pois Satanás anda em derredor, anotando nossas palavras; vede, portanto, que vossos dizeres não sejam usados para condenação, mas para glória no Dia do Senhor Jesus.”



21. “Acautelai-vos, pois Satanás, vosso inimigo, aguarda o momento de vosso desânimo para vos arrastar para o inferno, onde há pranto e ranger de dentes.”



22. “O diabo marca toda palavra que falamos.”



23. “E aconteceu que, com a pregação de Pedro, mais de três mil almas se converteram no dia de Pentecostes.”



Com certeza, muitos outros versículos “falseados” tem aparecido pelo mundo afora. Estes são os que conheci até hoje, sem contar as conclusões totalmente infundadas que alguns têm feito sobre textos bíblicos, tais como:



a) Pregar que Jesus levou nossas doenças físicas, baseando-se em Is 53.4,5, que é uma profecia do Antigo Testamento, que deveria ser interpretada à luz do Novo Testamento, em Mt 8.16,17 e 1Pe 2.24;

b) Ensinar que a prosperidade é um direito dos cristãos, com base nas promessas de Dt 28.1-14, enquanto as instruções sobre as guerras aos cananeus são espiritualizadas;

c) Declarar que a Igreja será arrebatada antes da Grande Tribulação, construindo um castelo de areia sobre 1Ts 5.9, em vez de ler este versículo à luz de Ap 14.10;

d) Isolar o texto de Dt 6.4 para negar a pluralidade de Pessoas na unidade de Deus, enquanto o Novo Testamento ensina que essa unicidade é formada por “o Pai, a Palavra e o Espírito Santo” (1Jo 5.7, Almeida), sendo que o próprio Antigo Testamento já deixa isso implícito (Gn 1.26 c.c. Is 44.24).



Além disso, ouvimos também as frases engraçadas, que são facilmente identificadas por qualquer conhecedor mediano das Escrituras:



“Se ajude, e Eu te ajudarei”.



“Quem pariu Mateus que o cuide”.



E por aí vai.



Autor: Rafael Gabas Thomé de Souza

O autor é é estudante e ex-atirador do TG 02-010 em Araçatuba (SP)

Fonte: [ Militar Cristão ]

Recursos do homem e recursos de Deus!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010



Este versículo que lemos, é de grande valor para as nossas vidas nos dias de hoje, como o foi nos tempos passados quando estas palavras foram pronunciadas. Nestas palavras encontramos a essência de Deus, a verdade de Deus e o poder de Deus.




Temos aqui para nós, assim como foi para Moisés, a chave para uma vida bem sucedida na “fé”. A nossa vida diária depende de entendermos claramente a verdade aqui contida; a nossa vida espiritual e o nosso chamado, depende de experimentarmos o poder destas palavras.



Quando cantamos: “Rompendo em fé”, será que realmente sabemos o que estamos cantando? Será que sabemos realmente como romper em fé?



Vamos entender primeiramente como a “fé” opera em nós e através de nós, apenas compreendendo o seguinte: em Mateus 9:38, Jesus disse: “Rogai, pois, ao Senhor da Seara que mande trabalhadores para a sua seara”. O próprio Senhor Jesus, deu a chave para a oração que Deus responde, lembram-se?



“...que tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda.” João 15:16 e em Marcos 11:24 “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.” Também em 1 João 3:22 diz: “e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.”



Quando a oração que fazemos é aquela oração que vem do coração de Deus, é certo que haveremos de receber, portanto, temos um povo que ora, um Deus que responde e trabalhadores que aceitam o chamado para servir a Jesus. Entretanto, temos igrejas que não enviam por falta de recursos ou porque algum homem tem um projeto mais importante que os projetos de Deus para a salvação dos perdidos.



É fácil ter fé para pedir mais trabalhadores para a seara, mas parece ser muito difícil ter fé para sustentá-lo no treinamento e no campo. Pedir é um movimento de palavras; significa simplesmente falar com Deus. É nesse momento que entra a fé em seus dois aspectos diferentes de atuação na nossa vida.



O primeiro é o exercício da fé “abstrata”, é quando você entra em oração por algum motivo, mas para por ai.



O segundo aspecto, é a tomada de atitude. Tomemos como exemplo a oração feita para que Deus envie trabalhadores para a seara, nós oramos, Deus respondeu mandando obreiros, mas é nessa ora que entra o exercício da fé na prática.



Enviar é a prática do que se falou e pediu. Exige ação; requer a tomada do cabo do arado. É a hora de mexer com os bens do homem ou da organização. É o exercício da fé concreta, real.



Normalmente funciona assim: parece que quando pedimos, Deus está precisamente ali, presente. Mas quando “precisamos por os pés no Jordão”, Deus está tão longe. É muito triste na nossa vida, quando entramos na presença do Senhor em oração, Ele nos responde, e depois não cumprimos a nossa parte com Ele. Imaginem os trabalhadores chegando e então dizemos que não poderemos enviá-los, porque não temos dinheiro.



Será que o mesmo Deus que mandou os trabalhadores não haverá de dar recursos necessários para enviá-los?



Este é exatamente o cerne do problema, os recursos dos homens e os recursos de Deus. Na hora do culto nossa mente está fixa no poder de Deus, no dono da prata e do ouro, porém, no meio da semana, os olhos da incredulidade enxergam apenas o medíocre saldo bancário (pelo menos é como eu vejo o meu, todo o dia), é como vemos o medíocre cofre da igreja.



Existe também outro aspecto muito importante, mas pouco lembrado, pelo menos quando tratamos de nossos próprios interesses, que é a questão de fazer a “vontade de Deus”. O próprio Senhor Jesus, mais uma vez deu o exemplo, quando Ele se viu em tremenda agonia e dor, mas acabou se rendendo à vontade de Deus. “...faça-se a Tua vontade e não a minha”.



Qual é vontade que queremos para a nossa vida? A minha própria? Ou a vontade de Deus?



Moisés se rendeu à vontade soberana de Deus! Ele se pôs a caminho, de volta ao Egito, de volta ao desconhecido, pois tudo era novo para ele. Passaram-se 40 anos, ele já não era o “príncipe do Egito”, ele já não era o comandante de exércitos, ele não detinha mais nenhum poder.



Ele era apenas e tão somente um pastor de ovelhas. Mas ele obedeceu sem mesmo entender direito o que estava acontecendo, a ordem de Deus. Ele não disse: “mas Deus, eu não tenho dinheiro, eu não tenho mais poder, eu não tenho mais nenhum direito, eu não tenho recursos”!!!!



Aquela seria uma missão impossível, não fosse pelos recursos ali disponíveis. Mas que recursos estavam disponíveis? Recursos divinos ou humanos?



Houve um momento quando Moisés respondeu: “Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?” Êxodo 3:11. Ele estava pesando seus próprios recursos, mas Deus quando lhe respondeu no texto de Êxodo 3:20, Ele pensava em enviar Moisés com recursos além do entendimento humano.



Quando Deus transformou o cajado do pastor Moisés em uma cobra, foi apenas uma pequena demonstração da grandeza dos cofres divinos. Significativamente, o ato de Moisés ao jogar a vara ao chão para que o poder de Deus se manifestasse, significa que devemos lançar os nossos recursos nas mãos de Deus.



Moisés aprendeu após muita luta interior diante da insistência e promessas de Deus, que a guerra não era sua, mas do Senhor. Então ele mobilizou o povo dizendo: “Não temais. Aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós e vos calareis” (Êxodo 14:13,14). Quão difícil deve ter sido para Moisés dizer essas palavras do Senhor, quando ele e o seu povo estavam completamente “encurralados”.



A grande decisão tinha um nome, e era, Mar Vermelho. Atrás deles estava o poderoso exército egípcio e na frente o obstáculo sem ponte.



E agora Moisés? Onde estão os recursos?



A resposta de Deus foi impressionante: “Porque clamas a mim? Dize aos de Israel que marchem”, Êxodo 14:15.



“Marchar para o mar? Isso é loucura!”



Muitas vezes esses têm sido os nossos pensamentos: “Onde estão as embarcações? Onde estão os marinheiros experientes para nos guiar?”. Talvez essas tivessem sido as questões discutidas entre o povo.



Deus ordenou a Moisés: “Levanta a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”, Êxodo 14:16. Que rica oportunidade para os homens presenciarem as maravilhas dos recursos de Deus! Eles estavam preocupados com o que eles precisavam ver, enquanto Deus estava prometendo e mostrando o que eles eram incapazes de ver, ainda.



A Noé, Deus mandou que preparasse um navio. A Moisés, ao contrário, Deus mandou que caminhasse para o mar, a pé e somente pela fé. Era o desejo de Deus, como o é até nos nossos dias, revelar-se de forma mais íntima como o supremo e soberano Criador e Consolador das forças da natureza.



Plantar, regar, colher e cozinhar os deliciosos cereais e vegetais do Egito eram recursos exigidos pelos hebreus a fim de atravessar o desafiante deserto. Mas os recursos de Deus trouxeram o maná do céu, que, mais que uma simples comida, tipificou a futura vinda do próprio Deus à terra na pessoa de Jesus. Veja João 6:51 “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão viverá para sempre....”



Dos recursos de Deus vieram codornizes do céu e saiu água da rocha. O exército de Israel vagando pelo deserto, cansado e sem nenhuma arma poderosa, liderado por Josué, lutou contra os Amalequitas, enquanto os braços cansados de Moisés sustentados por Arão e Ur, apontavam para os recursos de Deus nos céus. E eles venceram.



Quem não crê nos recursos de Deus, não deveria orar para que Deus levantasse trabalhadores para a Sua seara, ou para qualquer outra coisa. Quem não está pronto para aceitar grandes desafios, a colocar a fé em prática e se apoiar na autoridade e poder de Jesus, não deveria sequer pretender trabalhar na obra de Deus.



O que vou dizer agora para finalizar, deverá ser aplicado tanto para missões como também para a nossa vida diária: Falta o temor do Senhor que é o princípio da sabedoria. Sabedoria para usar o dinheiro de Deus e colocar a Grande Comissão de Jesus em primeiro plano. O mesmo Jesus que disse: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”, Marcos 16:15, é o mesmo que disse: “É me dado todo o poder, no céu e na terra”, é o mesmo que disse: “...E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”, Mateus 28:18,20.



Falando em missões ou evangelismo, esta é a melhor e mais abundante fonte para o homem ter acesso aos recursos sobrenaturais de Deus.



Fonte: [ SOBERANA GRAÇA ]

Via: [ Ministério Batista Beréia ]

O coração essa máquina tão poderosa quanto enganosa!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O ser humano traz no interior de seu peito uma máquina poderosíssima, pela biologia denominada coração. Possui cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura e 6 cm de espessura, pesando aproximadamente 250 gr, medidas e peso estimado para o coração de uma pessoa adulta.






Essa pequena máquina possui três camadas: o endocárdio (seu revestimento interno), o miocárdio (porção muscular de sua parede) e o pericárdio (revestimento externo derivado das cavidades do celoma). O compartimento cardíoco de parede mais espessa e vigorosa é o ventrículo esquerdo, responsável pelo bombeamento do sangue através de toda a grande circulação.





Existem válvulas entre os compartimentos cardíacos, dentre eles os grandes vasos que a elas se ligam. Entre o átrio e o ventrículo direitos, se encontra a válvula tricúspide, a qual possui três folhetos membranosos. Quando da contração do átrio, ela se abre e permite que o sangue passe. Quando o ventrículo se contrai, ela se fecha e impede o refluxo de sangue para o interior do átrio.

Entre o átrio e o ventrículo esquerdos, situa-se a válvula mitral (ou bicúspide), com dois folhetos membranosos. Seu comportamento é similar ao da válvula tricúspide.
A contração do coração se chama sístole, e corresponde à fase de ejeção ou esvaziamento. O movimento de relaxamento e enchimento de suas câmaras chama-se diástole.

Mecanismos extremamente precisos ajustam a frequência dos batimentos cardíacos, garantindo a chegada de oxigênio e nutrientes na medida necessária para todas as partes do corpo.

O coração de um adulto bate cerca de 72 vezes por minuto e bombeia cerca de 7200 litros de sangue por dia. É uma bomba tão potente que é capaz de jogar o sangue a uma distância de 120 metros (!). Sim, mas enquanto como órgão humano é poderoso, como sede dos sentimentos, isto é, figuradamente, é enganoso ao extremo. Não por acaso, a Palavra nos afirma que "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9). Nos informa ainda que "(...) do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias" (Mateus 15.19), além de centenas de outras referências bíblicas que podem ratificar essa verdade.

Mas o mais interessante é que, apesar de saber que ele é enganoso, muita gente se deixa levar por ele. Toma decisões segundo os seus próprios sentimentos (i.e., segundo o próprio coração) e tenta justificar com a assertiva de que "Deus falou comigo". Dessa maneira se colocam como Deus, uma vez que seguem seus próprios desejos. Depois não adianta reclamar...

Prezado, deixe de querer seguir o seu coração. Ele é enganoso. Tome decisões pautadas nos ditames da Palavra, que é bem melhor.

Deus abençoe sua vida.

Soli Deo Gloria

Alessandro Cristian

Fonte: [ Blog do autor ]

A Igreja de Cristo e os desafios para o novo milênio!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Vivemos numa época chamada por muitos de “pós-moderna”, caracterizada por forte desconfiança da razão, muitas e novas “verdades”, individualismo e consumismo. Há uma semelhança muito grande entre o nosso tempo e a época em que o cristianismo surgiu. O que temos visto é o ressurgimento de uma cultura pagã, muito parecida com a cultura do tempo de Jesus e dos apóstolos. A Igreja Cristã hoje é ignorada pelo mundo, tendo que lutar por sua sobrevivência ao lado de muitos outros movimentos religiosos. Estas mudanças, que estão ocorrendo no mundo, tem tido poderosa influência sobre nossa doutrina, nossa pregação e nossa forma de ser igreja. Este estudo é dividido em duas partes. Na primeira, examinaremos brevemente o impacto na igreja de uma forma de pensar “pós-moderna”, e, na segunda parte, examinaremos onde a história da Igreja pode nos ajudar a mantermos a fé evangélica de forma fiel à herança cristã.




1. Qual o impacto da forma de pensar de nosso tempo na vida da igreja?



O impacto da “pós-modernidade” pode ser visto de forma muito forte no meio evangélico hoje. Atualmente é cada vez menor o número de pessoas que buscam adorar a Deus “em Espírito e em verdade” (Jo 4.24). Em nossas igrejas temos visto a influência deste novo paganismo, levando nossas comunidades a adotar ordens de culto em que o sentimento de reverência cede lugar à descontração e o bem-estar do adorador torna-se mais importante que a sua humilhação e dedicação a Deus. O Senhor Deus é transformado numa espécie de “força”, disponível sempre que necessário, mas que não incomoda. Louvor e adoração espontânea são a ênfase dos cultos – a pregação da Palavra de Deus muitas vezes é desprezada! Neste contexto, o canto e o louvor produzem um elevado clima emocional, onde é proposta uma “teologia” que não se apóia muito numa doutrina, mas que é baseada numa experiência emocional dos crentes, sem um apelo à razão. Por outro lado, o que podemos constatar é que a emocionalidade buscada pelos cristãos muitas vezes é pobre em relações de amizade profundas e verdadeiras. É por isso que poderíamos sugerir que a igreja tem sido influenciada pelo discurso pós-moderno, preso às emoções e individualista. O importante é só o que o fiel consegue experimentar!



A crítica atual à razão e à instituição, além de promover divisões nas igrejas, as tem deixado sem defesa para as novas tendências teológicas. Por isso, os cristãos de hoje não vêem dificuldades nem empecilhos em assumir conceitos e palavras que fazem parte de outros grupos religiosos, inclusive surgidos em esferas opostas ao cristianismo. Podemos ver esta descaracterização do evangelho naqueles que acreditam em “simpatias”, copos d’água em cima do rádio (ou televisão) e benzedeiras, imitando o catolicismo popular, criando até mesmo uma versão “evangélica” das superstições populares da Idade Média, como vendas de “óleo ungido”, “água do Rio Jordão”, etc. Outros entram em “transe” nas reuniões, e outros viajam quilômetros somente para orar com alguém que, supostamente, tem dons especiais, ou que sua oração é “mais poderosa”. Mesmo os cultos de origem africana, como o candomblé e a macumba, encontram certa semelhança em algumas igrejas evangélicas, onde indivíduos caem e rolam no chão, supostamente possuídos por demônios, tais como os possuídos por “espíritos” nos “cultos afros”. Até o discurso de tais reuniões é usado em meio à obsessão por demônios, pela qual passa a igreja evangélica no Brasil (“maldição hereditária”, “amarrar espíritos”, “tranca-ruas”, etc.). A própria simplicidade bíblica (Fp 4.11; 1Tm 6.8; Hb 13.5) é substituída pela teologia da prosperidade com seu vocabulário sem significado, “eu repreendo”, “eu declaro”, “tá amarrado”.



O mais trágico é que há igrejas ensinando que para uma pessoa ser salva ela precisa cumprir uma elaborada lista de itens, da qual constam: receber o Senhor Jesus como único salvador, participar das “reuniões de libertação” da igreja para se ver livre do diabo, buscar o batismo com o Espírito Santo, andar em santidade, ler a Bíblia diariamente, evitar más companhias, ser batizado, freqüentar as reuniões de membros da igreja, ser fiel nos dízimos e nas ofertas e orar sem cessar e vigiar. Essas igrejas acabam confundindo salvação com santificação. E, pior ainda, mesmo cumprindo toda a lista, no entender destas igrejas, um cristão pode vir a perder a salvação. Mas as Escrituras claramente nos ensinam que homens e mulheres pecadores são salvos somente pela fé, somente em Cristo! Parece que os dirigentes destas igrejas nunca leram as epístolas de Paulo aos Romanos e aos Gálatas!



Estas tendências são extremamente perigosas, porque o cristianismo, que sempre sofreu ameaças de ser seduzido pela cultura de seu tempo (e por vezes sucumbiu a ela), mais uma vez está diante deste desafio. A cultura do prazer, do individualismo, das soluções mágicas de nosso tempo, de um “deus” que pode ser manipulado através de técnicas, tem agora o seu representante “cristão”. A partir desse quadro, podemos facilmente perceber que o resultado será uma espiritualidade sem significado. É interessante notar que as antigas confissões de fé cristãs, seguindo os ensinamentos das Escrituras, afirmavam que a pureza ou não de uma igreja se mede pela fidelidade com o qual o Evangelho é pregado (o que inclui as doutrinas centrais do cristianismo) e as ordenanças celebradas (o que aponta para a teologia prática das igrejas), e não pela quantidade de membros que elas conseguirem!



2. Aprendendo da História: uma direção para a Igreja



(1) Se desejamos ser uma igreja fiel, precisamos redescobrir as doutrinas centrais da fé cristã – e isto não é pouca coisa! Precisamos estudar todas as doutrinas bíblicas, buscando saber quais são aquelas que são vitais para nossa salvação, e quais são as que podemos ter opiniões diferentes. Então, a partir deste ponto, devemos pregar e ensinar doutrinariamente, enfatizando a centralidade das Escrituras, a doutrina da trindade, que nos ensina que Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo, o ofício e a obra de Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro homem, o pecado e a culpa, expiação, regeneração, a fé e o arrependimento, a justificação, a santificação como obra do Espírito, julgamento, céu e inferno, e, em tudo isto, denunciando o cristianismo hipócrita e nominal. Tragicamente temos sido afastados “da simplicidade e da pureza que há em Cristo Jesus” (1Co 11.4). Nossa atenção também precisa ser chamada para o fato de que a verdadeira doutrina é que produz a unidade na Igreja (Ef 4.1-16).



(2) Agora, uma palavra especial para aqueles que têm servido à igreja na pregação e no ensino. Não basta apenas uma recuperação teológica, pois se nossa teologia não serve para ser pregada, então ela é uma má teologia. Precisamos recuperar uma pregação bíblica e doutrinária. Precisamos de pregadores expositivos, que busquem pregar toda a Palavra de Deus, e saibam que só o Espírito Santo, ligado à Palavra, pode salvar pecadores. O que é a pregação expositiva? Talvez, melhor do que definir, seja ilustrar. Martinho Lutero (1483-1546) pregava da seguinte forma para sua congregação: no domingo, às 5h: Epístolas Paulinas; às 9h: os Evangelhos; à tarde: o catecismo; segundas e terças: o catecismo; quarta: Evangelho de Mateus; quinta e sexta: Epístolas Gerais; sábado: Evangelho de João. Em nosso tempo, D. M. Lloyd-Jones (1899-1981) pregou dez anos na Epístola aos Romanos, e seis anos na Epístola aos Efésios – e sua igreja ficava lotada! Lutero, Lloyd-Jones e outros que têm seguido este método de pregação, têm buscado enfatizar “todo o conselho de Deus” (At 20.27), ensinando toda a Bíblia para o povo.



No tempo da Reforma, a promoção deste tipo de pregação era um claro ataque contra os métodos de ensino católicos. Estes usavam a dramatização, que era chamada de “dramatização dos mistérios”, quando atores profissionais eram pagos para, junto ao altar, representar diante do povo, que eles consideravam incultos e incapazes, as verdades das Escrituras – que muitas vezes eram romanceadas! Mas, segundo uma antiga confissão de fé, “a pregação da Palavra de Deus é a Palavra de Deus”! Então, por causa de seu alto conceito das Escrituras (1Tm 3.16; 2Pe 1.19-21), por entender que a exposição da Palavra é o meio de salvação (Rm 10.13-17; 1Pe 1.23), e que o homem, por ter a imagem de Deusé um ser com capacidades racionais, nossos pais espirituais rejeitaram estes acréscimos. O único “sacramento” que eles aceitaram era a pregação da Palavra. Além disto, a pregação bíblica não pode ficar de fora dos cultos, pois é parte integrante da adoração. Precisamos voltar a ensinar toda a Palavra, não apenas aquilo que gostamos mais, ou que nos é mais familiar, mas toda a Palavra de Deus. Quando o fiel ensino e a pregação da Palavra são negligenciados, sempre surgirão superstições e crendices dentro da própria igreja evangélica. Esta ênfase se torna mais urgente quando vemos que, em recente pesquisa, a Sociedade Bíblica Ibero-americana divulgou que 51% dos pastores evangélicos no Brasil nunca leram a Bíblia inteira! A ênfase que Jesus dá a crermos nele “como diz a Escritura” nos ensina que a doutrina correta tem poder para produzir vida (Jo 7.37-39)!



(3) Precisamos redescobrir uma nova forma de ser igreja. O Novo Testamento oferece limites para sermos igreja, mas dentro destes limites há muita liberdade para adaptações às mudanças que aparecem nos diferentes lugares e épocas. Partindo deste ponto, precisamos reafirmar de forma criativa a vida em comunidade. Para isto devem ser encorajados meios para incluir os vários dons espirituais dos cristãos no ministério de nossas igrejas, lembrando que cada crente é importante e tem um ministério necessário no Corpo de Cristo (Rm 12.4-8; 1Co 12.8-11, 28-30; Ef 4.11-16; 1Pe 4.8-11). Ao mesmo tempo, todos os membros deveriam estar conscientes de suas responsabilidades de mútua submissão e auto-doação na igreja em que participam (Ef 5.18-21). A igreja, enquanto estabelecida por verdades bíblicas, existe para nutrir relações de cuidado entre seus membros (1Co 13.1-13). Para imitar a igreja do Novo Testamento, a igreja local tem que cultivar amizades profundas. Cultos nos lares, núcleos de estudos bíblicos, retiros e outras formas de comunhão contribuem para reunir em amor o povo de Deus, exaltando a alegria e o amor da Trindade, antecipando a comunhão abençoada do céu.



O preço do discipulado e a disciplina precisam novamente ser enfatizados na igreja, pois o que tem prevalecido em nosso meio é conhecido como “graça barata”. Não podemos nos deixar de espantar com o ataque de Dietrich Bonhoeffer (1906-1945) contra esta perversão da livre graça de Deus: “Graça barata significa a graça vendida no mercado como quinquilharia ordinária… Graça barata não é o tipo de perdão que nos liberta dos laços do pecado. Graça barata é a graça que concedemos a nós mesmos. Graça barata é a pregação do perdão sem a exigência do arrependimento, batismo sem disciplina na igreja, comunhão sem confissão, absolvição sem confissão pessoal. Graça barata é a graça sem discipulado, graça sem a cruz, graça sem Jesus Cristo vivo e encarnado”.



Precisamos também recuperar o rico conceito bíblico de sacerdócio de todos os crentes (1Pe 2.5,9; Ap 1.6; 5.10; 20.6). Segundo Lutero, todo cristão é sacerdote de alguém, e somos todos sacerdotes uns dos outros. Este sacerdócio deriva diretamente de Cristo, pois “somos sacerdotes como Ele é sacerdote”. É uma responsabilidade tanto quanto um privilégio: “O fato de que somos todos sacerdotes significa que cada um de nós, cristãos, pode ir perante Deus e interceder pelo outro. Se eu notar que você não tem fé ou tem uma fé fraca, posso pedir a Deus que lhe dê uma fé sólida.” Não podemos ser cristãos sozinhos, precisamos da “comunhão dos santos”: uma comunidade de intercessores, um sacerdócio de amigos que se ajudam, uma família em que as cargas são compartilhadas e suportadas mutuamente. Nem todos podem ser pastores, mestres ou conselheiros. Há um só “estado” (todos os cristãos são sacerdotes), mas uma variedade de funções (cada cristão tem um chamado específico da parte de Deus, para glorificá-Lo no mundo). Em todas estas coisas, somos ensinados que Deus, em Cristo, por meio do Espírito, nos chama como indivíduos para vivermos em comunidade, pois não existe uma fé solitária segundo o Novo Testamento (Hb 10.19-25).



Conclusão



Num tempo de mudanças tão profundas e complicadas, temos diante de nós uma grande tarefa – a de, na dependência do Espírito, orar, pregar e ensinar, de tal forma que a Igreja de Cristo passe da infantilidade para a maturidade (Ef 4.11-16). Uma petição do Livro de Oração Comum expôs toda nossa responsabilidade e toda a nossa esperança na tarefa de proclamarmos com força renovada a fé evangélica: “Todo-poderoso e eterno Deus, que pelo Espírito Santo preside no concílio dos apóstolos, livra-nos do erro, da ignorância, do orgulho e do preconceito; e confiados em tua misericórdia, te imploramos, dirige, santifica e governa sobre nosso trabalho, pelo grande poder do Espírito Santo, a fim de que o confortante evangelho de Cristo seja verdadeiramente pregado, verdadeiramente recebido e verdadeiramente seguido em todos os lugares, para a derrota do reino do pecado de Satanás e da morte; até que ao fim todas as tuas ovelhas dispersas, juntadas no teu aprisco, se tornem participantes da vida eterna; pelos méritos e morte de Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém”.



Autor: Franklin Ferreira, é teólogo, escritor e editor da Editora Fiel.

Fonte: [ Púlpito Cristão ]


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