sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

AS PROMESSAS QUE FIZ A DEUS

Um dia, deparei-me com uma verdade que todos nós sabemos existir, mas, que fica sempre escondida dentro de nós. Não por medo ou por receio, mas, sim, por vergonha de Deus. È, vergonha de Deus, porque sabemos que não é somente o Senhor que faz as grandes promessas, nós também fazemo-las e pior, por diversas vezes não cumprimos.

São muitas as promessas. Elas começaram quando aceitamos a Jesus, continuaram quando fomos batizados com o Espírito Santo. Prometemos a Ele, que seríamos os mais fiéis, que seríamos os melhores, e renovamos estes compromissos, todos os inícios de anos. As grandes promessas se tornaram um ritual para nós, prometemos a Deus aquilo que sabemos que será impossível de cumprir.

Às vezes, somos mais modestos, e fazemos promessas mais simples, algo que sabemos ser capazes de realizar. Dizemos que vamos ganhar uma alma para Jesus, que vamos prestar mais atenção nas pessoas, ser mais gentis e caridosos. Prometemos tantas coisas ao Senhor, que parece que o ano que se inicia será o último ano das nossas vidas.

Todos nós somos assim, isto faz parte do ser humano. No calor do momento, dizemos coisas e nos arrependemos logo em seguida. Prometemos coisas, e logo após a palavra dita, temos vontade de nos escondermos da pessoa a quem prometemos. Pobres mortais, falhos diante dos homens e do nosso Criador.

Porém, se você pensa que realmente enganou o Senhor Deus, ao prometer e não cumprir. Você é que está enganado. Quando prometemos algo ao Senhor, Ele sabe se vamos cumprir ou não, sabe se o que prometemos foi da boca para fora, se foi motivado pelo calor do momento. Ele sabe quando as palavras são vazias e insinceras, sabe quando estamos apenas querendo agradar, bajular.

Ele não se engana com palavras, nem com as nossas promessas feitas. Ele sabe quem nós somos. “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” Salmos 103:14. Ele nos conhece, mais que nós mesmos. Sabe de todos os nossos segredos, dos mais íntimos, dos mais escondidos, dos mais secretos, sem lhes escapar nenhum.

Precisamos entender que tudo o que fizermos para Deus, não vai mudar o sentimento que Ele tem por nós, o amor Dele é incondicional. Não precisamos nos envergonhar, nem achar que as nossas promessas farão com que Deus nos ame mais ou nos ame menos, porque a intensidade do seu amor não muda.

As nossas promessas não cumpridas não fazem Deus desistir de nós. Ele ainda aposta em você, acredita em você. Mesmo, sabendo que as promessas que você fez a Ele foram “furadas”. Deus conhece o seu coração e sabe que as promessas são frutos do seu desejo de mudar, de ser melhor, de agradá-lo.

Somos acusados pelo inimigo de nossas almas, pois prometemos e não cumprimos, mas a nossa intimidade com o Senhor é diferente, podemos errar, mentir ao Senhor, não cumprir o que prometemos. Ele nos perdoa, Ele continua estendendo suas mãos para nós, continua nos amando. “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” Salmos 49:15

Deus não ama o pecado, mas ama você, pecador. Se arrependa de suas promessas não cumpridas, mas, saiba que ele te ama mesmo assim. Se o que eu prometi a Deus, não cumpri ainda, então vou lutar para cumprir, porque tudo o que Ele promete a mim Ele cumpre. Ele é fiel, justo e Santo.
Obreiro Fabiano Costa

Igrejas infectadas

Aos 25 anos de idade, depois de várias febres, muita rouquidão e um péssimo hálito, dei o braço a torcer e aceitei que o médico operasse as minhas amídalas. Resisti o quanto pude porque sabia que as amídalas existem para proteger as vias respiratórias. Contudo, o médico conseguiu me convencer de que as minhas estavam imprestáveis; tão infectadas que já não protegiam, mas contaminavam o resto do organismo. Só restava uma opção, arrancá-las fora. A partir daquele dia, aprendi que um órgão – qualquer um – pode perder a sua função original e passar a atacar o corpo.
Nas relações humanas e sociais acontece o mesmo. Quando se perdem as finalidades originais, morrem casamentos, empresas, igrejas. Serve o exemplo da família: pai e mãe devem oferecer um ambiente em que os filhos aprendam a ter confiança, segurança, dignidade. Mas quando acontecem muitas brigas com ódio, quando falta paz, aquela família perde a função de fomentar auto-estima e segurança. Assim, deixa de ajudar e passa a desajustar as crianças.
As religiões também podem virar amídalas infectadas. Basta ver na história. Inúmeras igrejas criaram ambientes doentios e desumanizadores, quando deviam ser espaços de humanização. Devido ao meu site (http://www.ricardogondim.com.br/), recebo milhares de mensagens sobre assuntos variados, a grande maioria, entretanto, pede ajuda. Muitos não suportam os sermões vazios com promessas mirabolantes e ameaças de maldição. Entristeço, mas fica óbvio para mim que as lógicas e práticas da igreja evangélica não consegue responder às complexidades do século XXI. Os espaços evangélicos estão febris.
É preciso detectar, rapidamente, onde a infecção se tornou aguda para combatê-la com doses maciças de antibióticos espirituais e éticos; com um bom diagnóstico não será preciso operar o foco da contaminação e ainda preservar o organismo.
Estão infectadas as igrejas que priorizam programas e não relacionamentos. Jesus não tratou a "igreja" como uma instituição, mas como uma comunidade. Igreja são mulheres e homens com um estilo de vida nobre, verdadeiro, que inspiram os outros a glorificar a Deus. Portanto, para o seu eterno propósito dar certo, Jesus não precisa de eventos sofisticados, basta que seus seguidores amem uns aos outros.
Estão infectadas as igrejas que priorizam poder e não serviço. Nas Escrituras, poder só tem sentido quando mobiliza para solidariedade, compaixão, humildade. A busca do poder pelo poder é luciferiana em sua essência. Jesus criou o mundo, mas se esvaziou, encarnou e morreu numa cruz. Os cristãos não almejam tronos, mas bacia e toalha para lavar os pés alheios. Sem esperar aplausos, sentem-se privilegiados de servirem.
Estão infectadas as igrejas que priorizam espetáculo e não discrição. Jesus ensinou que não se devem cobiçar os primeiros lugares; considerou que a autêntica piedade acontece num quarto de portas fechadas; falou que a mão esquerda não deve conhecer o que a direita oferece. Quando Jesus ressuscitou uma menina, respeitou a privacidade da família e não deixou que estranhos entrassem para testemunhar o milagre. Sobram exemplos de seu recato. Certamente, Jesus não se agrada de saber que alguns tentam transformar a fé num show.
Estão infectadas as igrejas que priorizam milagre e não coragem existencial. Paulo considerou tudo como esterco pela excelência do conhecimento de Cristo – esse, somente esse, deve ser o alvo da espiritualidade cristã. Não se cultua a Deus para descobrir um jeito certo de "alcançar milagre" ou para ter uma fé mais "eficiente". No culto, celebra-se o amor gratuito e unilateral de Deus. O Evangelho é boa notícia porque todos são aceitos sem exigências. Deus quer bem sem fazer distinção; não se ganha o favor de Deus com obras. Graça é o chão onde todos podem alicerçar a vida com liberdade e sem culpa. O cristão não precisa que Deus conserte as dificuldades da vida, basta a sua companhia.
O Apocalipse foi taxativo com uma igreja infectada: "Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se... Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do lugar dele. O evangélicos precisaram, como nunca, ouvir esta exortação.
Soli Deo Gloria.

Aprender a Sofrer

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Amigo, entre de cabeça na sua dor. Aceite que é ruim. Não tente disfarçar.Desocupe a mente e viva o seu sofrimento. Evite o bar. Fuja dos conselheiros. Soluce, choromingue, ruja, mas não armazene agonia. Amigo, esperneie, grite, teatralize, mas não continue a engolir seco. Converse com as estrelas, contemple os precipicios. Afunde-se em fossas. Rememore seus momentos tristes. Não limpe as lágrimas. Jejue, rasgue véus. Deixe a barba por fazer.
Amigo, corra até a exaustão, enfrente a sua mágoa. Tranque-se para encarar o seu fracasso. Recolha-se para abraçar a sua derrota. Volte o rosto contra a parede. Ajoelhe-se. Vista-se de saco e se sente sobre um monte de cinza. Raspe a cabeça. Descalce os pés. Contrate um taxi, por duas horas vagueie à deriva. Desassossegue com sonetos. Escute fado.
Amigo, repita silenciosamente: “Cordeiro de Deus, que sofreste na cruz, tem misericórdia de mim”. Caminhe cabisbaixo, ria pouco. Entre numa catedral vazia e ouça o silêncio. Considere a sina de quem nunca viu a luz. Visite uma escola para crianças com síndrome de Down. Ajude os AA’s. Doe para a clínica que reabilita toxicômanos.
Amigo, Deus desceu do céu, tabernaculou entre os homens, e sofreu como você. Ele teve um filho sem pecado, mas nenhum sem sofrimento. Deus consola. Ele sabe o que é ficar sem chão. Soletre esperança como obstinação e fé como coragem. Trinque os dentes e prossiga.
Soli Deus Gloria.

A parábola do semeador e os efeitos da consolidação

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A parábola do semeador e os efeitos da consolidação

A consolidação é também uma questão de caráter na vida de um crente e principalmente na vida de um líder. A Palavra de Deus nos desafia a sermos como nosso consolidador maior: Jesus. Ele deve ser nossa inspiração, e Ele nos alerta sobre os efeitos da consolidação em Mateus 13, na parábola do semeador. A semente é a Palavra de Deus, o solo é o coração que recebe a Palavra. Os quatro tipos de solo e os quatro níveis de crescimento da semente são as reações que o indivíduo pode ter quando recebe a Palavra e enquanto está sendo consolidado.

As pessoas podem reagir das seguintes formas:

1. Age com desinteresse, ceticismo
"... e quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram" (Mt. 13:4).
Esta é a resposta daquele que certamente não entendeu coisa alguma da Palavra que ouviu, ou que não está interessado em hipótese alguma em caminhar com Deus e, por isso, sua mente está extremamente cética ao mover de Deus, mesmo que atenda a um chamado do pregador após uma maravilhosa ministração. Ainda que chegue a dar seu nome no momento da consolidação inicial, está completamente fechado para uma caminhada com Deus.

2. Não quer sair do superficial
"... e outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha terra profunda; mas, saindo o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou-se" (Mt. 13:5).

Esta resposta dá-se quando a pessoa consolidada não tem raiz em si mesmo. Embora no devido momento tenha se alegrado com a Palavra, não está disposto a se aprofundar. Ao perceber que é preciso se aprofundar para permanecer, fecha o seu coração e quando o consolidador, entra em contato com ele pelo telefone, ele procura um meio de fugir, manda dizer que não está, ou que o número está errado.
Não há raízes que possam mantê-lo firme. Conheceu a Palavra na superficialidade. Ainda que Jesus o queira, ele não permite ser alcançado, diz que estava equivocado e que não deseja mudar de religião. É uma escolha de dentro para dentro, ele decide por si mesmo a não caminhar com Deus.

3. Permite que fatores externos sufoquem a semente
"... e outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram" (Mt. 13:7).
Esta resposta parece-nos inicialmente muito boa. O novo convertido vai à frente, deixa-se consolidar. Ele ouve muitas vezes que Deus tem um grande plano em sua vida, ele mesmo chega a ouvir a voz do Espírito lhe ministrando. Na maioria das vezes essas pessoas são batizadas pelo Espírito Santo, passam a falar em línguas e desfrutam de muitas experiências com Deus, mas diferente do segundo tipo de resposta, a pressão para que haja uma desistência vem de fora para dentro. Ele começa a questionar valores; os prazeres deste mundo começam a sufocar sua fé; os apelos sociais, morais e culturais exercem grande influência sobre sua decisão de permanecer santo. Chega o ponto em que ele cede: pratica um relacionamento sexual fora dos padrões de Deus, rejeita o discipulado, começa a questionar seu discipulador gerando uma situação desconfortante para contra-argumentar suas atitudes e reações pecaminosas. Ele passa a maior parte do tempo querendo ser servido e esquece de servir. É uma planta que está sendo sufocada por espinhos, de fora para dentro, até que começa a mirrar, perder as forças e morrer.

4. Recebe a semente com alegria e frutifica
"... mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um" (Mt. 13:8).
Esta é a resposta que todo consolidador quer ter sempre que pega uma ficha na central de consolidação. Este é aquele que responde bem a todos as etapas, que desde o início proporciona alegria e satisfação ao líder. Ele recebeu a Palavra com grande alegria e passa por todos os processos com louvor. Devemos nos empenhar por resultados que a Palavra nos respalda. Deus quer que sejamos frutíferos e multipliquemos cem, sessenta e trinta por um. O caráter de um consolidador precisa estar acima dos resultados iniciais e o seu alvo deve ser a conquista de cem por um. Porém, para isso acontecer, é preciso perseverança, maturidade e empenho da parte do consolidador.

Obreiro Fabiano Costa

Aprendendo com Tomé

“Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei”. ( João 20.25).
É comum no meio cristão, e até mesmo no secular, identificar uma pessoa que duvide ou que tenha um comportamento cético em relação a algo, com o acontecido registrado no evangelho a respeito de Tomé. Mesmo pessoas não cristãs, conhecem o velho jargão que Tomé duvidou, por isso, todo aquele que duvida ou é incrédulo é automaticamente chamado de Tomé.
Pergunto, se algum dos discípulos ou até mesmo um de nós não estivesse presente na aparição de Cristo, não ocorreria também o questionamento e a dúvida? Estavam todos com medo, por tudo o que tinha acontecido dias antes na crucificação. Pois Cristo havia prometido ressuscitar e até o momento não havia ele ainda aparecido. Sim, Tomé duvidou e foi incrédulo, por ainda não ter a prova da ressurreição. Porém, podemos ver por outra ótica que Tomé duvidou foi dos discípulos, e não da pessoa de Jesus. Pois no momento que Cristo apareceu mais uma vez aos discípulos, Tomé reconhece Cristo como o próprio Deus (João 20.28). É verdade Tomé foi incrédulo, mas só até o momento de ter a prova, não podemos crucificar Tomé, e sim compreender e fazer uma exegese correta daquilo que aconteceu. Disse alguém no passado: Tomé duvidou para nós não precisar duvidar hoje. Deveras, não temos hoje dúvida alguma a respeito do senhorio de Cristo, mas necessitamos questionar a luz da Palavra de Deus certos ensinamentos, e tudo aquilo que nos rodeia ( I tessalonicenses 5.21).
Não é nosso interesse, fazer aqui uma apologia da dúvida que teve Tomé, mas sim, extrair desta lição a parte positiva que precisamos como igreja nos dias de hoje.
Vivemos hoje uma decadência moral em todas as esferas da sociedade pós-moderna, somos bombardeados pela mídia constantemente e ficamos estanques, engolimos tudo sem termos o mínimo de senso crítico. Não exigimos o mínimo de veracidade e somos receptivos a tudo aquilo que se apresenta como bom e belo. No meio cristão não é diferente, surge a cada dia novos ensinos e modismos que são ingeridos por nós, sem exigirmos o mínimo de respaldo bíblico. Não usamos o critério que tiveram os bereanos, que ao ouvirem o apóstolo Paulo, recorriam às escrituras para pesarem o conteúdo mencionado (Atos 17.11). Precisamos urgentemente exigir provas bíblicas naquilo que concerne a nossa fé, se não tivermos uma pitada de Tomé, podemos cair nas astúcias do inimigo. Provamos os espíritos, e aquilo que se sustentar diante de uma avaliação bíblica, recebamos sem medo e com satisfação. Mas aquilo que for uma novidade que possa ferir os ensinos bíblicos, é nocivo e precisa ser refutado.
A Palavra de Deus é que nos esclarece, e que nos ilumina à toda verdade, e mostra a vontade de Deus para sua igreja ( II Timóteo 3.16,17). Bem aventurados somos nós que não vimos Cristo fisicamente mas cremos pela fé. E mais bem aventurados seremos, se meditarmos e usarmos a Bíblia para exigir provas que se sustentem diante da grandeza da Palavra de Deus. Seja modismos, pregações, ou profecias de última hora, fiquemos com a Palavra de Deus que é luz para o nosso caminho.

Pr. Rubiel Cardoso

O perigoso culto ao “eu” do triunfalismo e do individualismo

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Segundo a Palavra de Deus, não devemos nos conformar com o mundo (Rm 12.1-2), isto é, com as suas crenças, doutrinas, tendências, atitudes e filosofias, como: o hedonismo, o materialismo, o imediatismo, o ateísmo, o antropocentrismo, o machismo, o feminismo, o homossexualismo, etc. Neste artigo, discorreremos sobre os perigos do egocentrismo, do individualismo e, principalmente, do triunfalismo, os quais vêm fascinando cristãos desavisados.Egocentrismo, à luz da psicologia, diz respeito ao conjunto de atitudes ou comportamentos de um indivíduo que se refere essencialmente a si mesmo. Essa tendência é contrária à Palavra de Deus, que condena a soberba, o orgulho, o egoísmo e o egotismo. Todos esses termos, com significações específicas, se inter-relacionam, designando o culto ao “eu”.Quanto ao individualismo, trata-se da doutrina moral, econômica ou política que valoriza a autonomia individual, em detrimento da hegemonia da coletividade despersonalizada, na busca da liberdade e satisfação das inclinações naturais (Houaiss). É a tendência e a atitude de quem revela pouca ou nenhuma solidariedade e busca viver exclusivamente para si; também está associado à egolatria.Foi o Diabo o primeiro a cultuar o “eu”, tentando, inclusive, igualar-se a Deus (Is 14.12-15 e Ez 28.15-17). Por isso, como o mundo jaz no Maligno (1Jo 5.19), as suas filosofias predominantes são o egotismo e o narcisismo — se bem que este último diz respeito principalmente ao estágio precoce do desenvolvimento psicossexual no qual o indivíduo tem a si mesmo como objeto sexual —, ambas condenadas pela Palavra de Deus (Lc 12.17-21; Gl 2.20; Jo 3.30; Sl 138.6; Ec 2.4-11; Lc 18.9-14 e 1Pd 5.5).O termo “triunfalismo” diz respeito à atitude excessivamente triunfante; ao sentimento exagerado de triunfo. É a mais perigosa dentre as influências filosóficas em análise, posto que os falsos mestres a propagam encobertamente entre nós (2Pd 2.1 e At 20.30). E, como num círculo vicioso, os crentes desavisados, ávidos por ouvir palavras que agradem os seus ouvidos (2Tm 4.3), abraçam os mencionados egocentrismo e individualismo, bem como todo o tipo de influência egotista.Muitos cultos, em nossos dias, são reuniões para “massagear” egos, tendo como objetivo adular, elogiar e melhorar a auto-estima dos crentes. A tendência é que esses irmãos se esqueçam de que são “vasos de barro” (2Co 4.7) e deixem de se humilhar debaixo da potente mão de Deus (1Pd 5.6), passando a ver tudo sob a ótica do triunfalismo. Isso é perigoso, pois a própria Bíblia assevera que no mundo temos aflições (Jo 16.33; At 14.22; Rm 5.1-6 e 2Co 4.16-17).Quando um crente é estimulado a só pensar em bênçãos, torna-se cada vez mais egocêntrico e individualista. Ele não freqüenta as reuniões da igreja a fim de cultuar a Deus, e sim para satisfazer as suas necessidades. A sua fé é direcionada apenas à consecução de vitória, ignorando que os heróis da fé fecharam as bocas dos leões e escaparam da espada (Hb 11.33-34), mas também, pela mesma fé, foram maltratados, torturados, apedrejados, serrados e desamparados (Hb 11.25,35-38).Segundo a teologia do triunfo, o crente deve “decretar”, “determinar”, “profetizar” bênçãos materiais e espirituais — nessa ordem — para a sua vida, além de exigir a saúde física como um direito. Tudo gira em torno da fé, vista como a mais importante virtude da vida cristã. Mas isso não é a fé saudável, bíblica, e sim a egolátrica fé na fé. Conquanto precisemos de fé para agradar a Deus (Hb 11.6) e sejamos vencedores, em Cristo (Rm 8.37 e 1Co 15.57), essa virtude sem as obras é morta (Tg 2.17,24,26; 2Pd 1.5-9; Ef 2.8-10 e 1Co 13.2,13).Além de supervalorizar a fé, os triunfalistas apegam-se à maldição hereditária, à cura interior — isto é, à falsa cura interior —, à priorização da vitória financeira, a exageros no campo da batalha espiritual e à pretensa saúde perfeita. Para eles, o cristão só adoece se estiver em pecado ou dominado pelo Diabo. Ignoram que nem todas as doenças provêm do Maligno (Jo 9.3; 11.4; Sl 90.10; 2Co 4.16; 1Pd 1.24 e 1Co 15.54). Embora Jesus tenha poder para nos curar, segundo a sua vontade (1Jo 5.14; Mt 6.9,10 e 26.42), ainda estamos sujeitos às enfermidades (2Rs 13.14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20 e Sl 41.3).Outro desvio triunfalista é a menção constante ao Diabo e seus agentes. Cantores e expoentes bradam: “Vou cantar para Satanás ouvir” ou “Vou gritar para sacudir o Inferno”. Certo pregador afirmou que a sua missão resume-se em “chutar a cara do capeta por onde passa”. Ou seja, como todas as coisas negativas seriam, supostamente, determinadas por Satanás, temos de dirigir-lhe palavras de ordem. Entretanto, devemos cantar para louvar a Deus; e pregar para “abalar” o coração dos pecadores!De acordo com Tiago 1.14, quando pecamos, fazemos isso em razão de nossa própria concupiscência. É do coração que procedem as obras carnais (Mt 15.19 e Gl 5.19-21). Pôr toda a culpa no Inimigo e depois dirigir-lhe palavras de ofensa é fácil! Difícil é se santificar e resistir até ao sangue, combatendo contra o pecado (Hb 12.4,14).Os triunfalistas gostam de bater no peito e dizer: “Eu sou vencedor”. Eles supervalorizam as suas declarações de fé e, por isso, vivem “profetizando” que o Brasil ou certa cidade são do Senhor Jesus... No entanto, se não houver compromisso com o Deus da Palavra e com a Palavra de Deus, nada mudará. Quantos já não “abençoaram” esse País?! Precisamos conquistá-lo pela pregação do Evangelho, e não politicamente, pois o Reino de Cristo é espiritual (Jo 18.36 e Rm 14.17).Se não fizermos a nossa parte, é inútil “decretar” o fechamento de bares e casas de shows, e “profetizar” que cinemas e teatros só apresentarão pretensos filmes e espetáculos evangélicos. O triunfalismo não muda em nada as circunstâncias. Deus quer e pode mudar a situação desse País, mas fará isso por meio de intercessão, evangelização e influência do povo que se chama pelo seu nome (1Tm 2.1-3; 2 Cr 7.14-15; Jr 33.3; 29.13; 31.9; Ef 6.18; Jl 2.12,17; Mc 16.15 e Mt 28.19).O triunfalismo afasta o crente da sã doutrina sem que ele perceba, levando-o a pensar que as aflições não são uma realidade da vida cristã (1Pd 5.8-10; 2Co 8.1-2; Rm 8.18; 2Co 1.6; 1Pd 2.19-21 e 2Tm 3.12). A nossa vitoriosa caminhada rumo ao Céu deve ser caracterizada pela renúncia do “eu” (Lc 9.23; Fp 3.13-14; 2Tm 2.3; 2Co 1.5 e 2.4). Portanto, lembremo-nos das palavras de João Batista acerca de Jesus: “... que ele cresça e que eu diminua”, Jo 3.30.Ciro Sanches ZibordiArtigo publicado no jornal Mensageiro da Paz, da CPAD

Mentiras!!!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

As mentiras, ao contrário do que se apregoa, não são todas iguais. Existem mentiras inescrupulosas, malvadas, perniciosas, pecaminosas; mas e as outras? O que dizer das mentirinhas amorosas, aquelas que nascem de lábios apaixonados? Quando os namorados sussurram, saudades não tão intensas se colorem de encarnado. E toda e qualquer frase se transforma em uma declaração arrebatadora.
Não há como condenar um pai, que mesmo ansioso por um descanso, finge-se disposto e vai brincar com os filhos. Quem poderia acusar a mãe que lê uma historinha e faz de conta que acredita em fadas? As mentiras que nascem do zêlo também não merecem o desprezo que geralmente lhes damos. “Engordei?” Nessa hora, homem nenhum pode responder com absoluta honestidade. Um lânguido “nem tanto”, é o máximo que deve ousar. Verdade é uma virtude que não existe sozinha, mas que tem de vir precedida pela graça. A graça que prefere o amor à justiça; que não teme ser rotulada como inconstante, desde que expresse misericórdia; que sabe encobrir com o intuito de proteger. Os Provérbios da Bíblia não condenam todas as mentiras: “O ódio espalha dissensão, mas o amor esconde os pecados" (10.12).E as mentiras médicas? Quem não se valeu delas? “Ainda não vai ser desta vez”, afirma até o mais criterioso diante do paciente que acabou de ser desenganado. “Vamos entrar no quarto, mas nada de choro; temos de manter uma atitude otimista para não abatê-lo mais”. Assim, os parentes se posicionam diante do doente e todo mundo disfarça. Os sorrisos ensaiados e as conversas “amenas” não passam de eufemismos; tudo mentira. Se a visita ao hospital vira farsa, todavia, uma farsa caridosa.
Que tal as mentiras poéticas? Os mais exímios mentirosos são os poetas. Eles sabem transformar sentimentos banais em amor inflamado; tingem as palavras com adjetivos e realçam as paixões; inflamam os romances; fomentam os chamegos; adensam os carinhos. Na poesia o amante faz-se escravo e a amada, rainha. O poeta é um fingidor, mas nem sempre se dá conta que a sua malicia enriquece a vida.
A Bíblia relata, sem censurar, as mentiras de vários heróis. Jacó ganhou a primogenitura enganando o pai (Gn. 27). Tamar, uma das ancestrais de Jesus, só conseguiu engravidar porque se travestiu de prostituta e enlaçou Judá (Gn 38). José ludibriou a família já que não queria revelar imediatamente a identidade (Gn42). O rei Davi fez-se de doido para escapar do ódio de Aquis, rei de Gate (1Sm 21). Rute passou a perna em Boaz, salvou-se e garantiu a genealogia do Messias (Rt 3).Impossível defender o dolo, a injúria, a impostura. Certamente o mentiroso não se sentará na roda dos justos. O farsante, o hipócrita, o maldoso que gagueja, merecem um fim semelhante aos ímpios.Porém, não há como negar: a humanidade não sobreviveria sem o recurso da mentira. Portanto, menos farisaísmo, por favor!

Crítica ao Neopentecostalismo

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Crítica
O sucesso do movimento teria seu fundamento na pulverização teológica promovida por Mary Baker depois por Essek William Kenyon ao misturar o gnosticismo das religiões metafísicas com o cristianismo pentecostal.
Todas estas doutrinas: Batalha Espiritual,Confissão positiva, Maldições hereditárias, Possessão de crentes, teriam origem no ensino teológico dos movimentos de fé norte-americano.
Uma das maiores críticas ao movimento neopentecostal é a ênfase que algumas denominações dão aos ensinos da confissão positiva, conhecido popularmente como "Teologia da Prosperidade", de acordo com Paulo Romeiro, em seu livro "Super Crentes, o Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os Profetas da Prosperidade ", é a corrente doutrinária que ensina que uma vida medíocre do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem-sucedido é a plena saúde física, emocional e espiritual, além da prosperidade material. Pobreza e doença são resultados visíveis do fracasso do cristão que vive em pecado ou que possui fé insuficiente.
Ainda de acordo com o Dictionary Of Pentecostal And Charismatic Movements (Dicionário dos Movimentos Pentecostal e Carismático), "Confissão positiva é um título alternativo para a teologia da fórmula da fé ou doutrina da prosperidade promulgada por vários televangelistas contemporâneos, sob a liderança e a inspiração de Essek William Kenyon. A expressão "confissão positiva" pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão "confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão.
Confissão Positiva torna-se, em verdade, parte do movimento Neopentecostal que surge nos Estados Unidos no início dos anos 60. Seus ensinos têm relação com as doutrinas da prosperidade ."

[editar] Pentecostais vs. Neopentecostais
Os neopentecostais formaram um grupo coexistente com os pentecostais, mas com uma identidade distinta. Possuem uma forma muito sobrenaturalista de encarar sua vida religiosa, com ênfase na busca de revelações diretas da parte de Deus, de curas milagrosas para doenças e uma intensa batalha espiritual entre forças espirituais do bem e do mal, que afirmam ter consequências diretas em sua vida cotidiana. São, em geral, mais flexíveis em questões de costumes em relação aos Pentecostais tradicionais.
Segundo Alan B. Pieratt:
” Os ensinos da prosperidade não tiveram origem no pentecostalismo. Todavia, a tendência das denominações pentecostais de aceitarem as afirmações de autoridade profética criou um espaço teológico onde a doutrina da prosperidade pode afirmar-se e crescer... Nossa primeira conclusão histórica, diz Pieratt, é que o pentecostalismo foi o portador desta doutrina, mas ela necessariamente não faz parte das crenças pentecostais.”
Os pentecostais clássicos geralmente criticam a teologia da prosperidade e o modelo de células por meio do G 12, presente em algumas das denominações neopentecostais, contudo, uma parte de seus líderes já vem incorporando, ao longo dos anos, muitos dos ensinos ditos neopentecostais.

Neopentecostalismo

O neopentecostalismo é uma vertente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais. Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do início do século XX, ambos nos Estados Unidos da América.
Em alguns lugares são chamados de carismáticos, tendo como exceção o Brasil, onde essa nomenclatura é reservada exclusivamente para um movimento dentro da Igreja Católica chamado Renovação Carismática Católica.
O Movimento Carismático ou Neopentecostal principiou-se nas denominações históricas (Batista, Presbiteriana, etc). Assim surgem: As Igrejas Pentecostais Sinais e Prodígios, fundada em 1970; A Igreja Presbiteriana Renovada, em 1975. Surgem também as denominações novas, não oriundas de igrejas históricas, mas de líderes hábeis e influentes. Tal é o caso de: Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), fundada por Edir Macedo em 1977 no Brasil; Igreja da Graça, fundada por R.R. Soares.

igreja bem sucedida

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Receita para uma igreja bem sucedida
Gabriel Andrada é jovem, seminarista, recém casado, e cheio de ideais. Evangélico desde o berço, diz que só se converteu de fato com 17 anos em um acampamento de carnaval. Desde a experiência de conversão, que o levou às lágrimas, participa de eventos evangelísticos de sua igreja. Agora se sente vocacionado para ser pastor. Ávido por ser “usado” por Deus, Gabriel matriculou-se em um pequeno instituto bíblico. Gabriel me conheceu na internet e escreveu pedindo ajuda. Precisa que eu lhe ensine o “caminho das pedras” para começar uma igreja do zero. Pensei, pensei! Sem conhecê-lo, sem saber exatamente aonde o noviço quer chegar, resolvi correr o risco de responder. Disse que para uma igreja ser bem sucedida no Brasil são necessários a combinação de pelo menos dois, de quatro ingredientes. 1) Um pastor carismático. Que tenha traquejo para falar em público com desenvoltura. Que cante afinado, ou que pelo menos comece os hinos no tom certo. Que tenha boa memória para decorar versículos e saiba citá-los sem tomar fôlego. Que seja simpático e bem humorado no trato pessoal.2) Um bom prédio em uma boa localização. Que a igreja seja em um lugar de fácil acesso. Que tenha bom estacionamento. Que seja confortável, preferivelmente com cadeiras acolchoadas, climatizado com ar condicionado. Que os banheiros limpos não cheirem a creolina.3) Acesso à mídia. Que a nova igreja tenha programa de rádio ou de televisão. Mas que a programação ressalte as qualidades especiais do líder como o apóstolo escolhido de Deus para os últimos dias. Que repita sem parar que a igreja é especial, diferente de todas as outras. É bom que o locutor fale em línguas estranhas (glossolalia) e profetize sobre detalhes da vida dos crentes. Que crie uma aura de “poder” pentecostal e curiosidade nas pessoas de comparecerem aos cultos. 4) Teologia da Prosperidade. Que o pastor não tenha escrúpulo de prometer milagre à granel. Que a maior parte do culto seja gasto colhendo testemunhos de gente que enricou com as campanhas dos sete dias, com os jejuns da conquista, com as rosas santas, com os cultos dos Gideões, com as maratonas de oração. Quanto mais relatos, melhor. Ressalto. Gabriel não precisa se valer de todos os pontos para se tornar o novo fenômeno gospel brasileiro. Entretanto, sem o quarto ingrediente, ele não vai a lugar nenhum. Basta que combine qualquer um com o último e seguramente se tornará um forte concorrente nos disputadíssimo mercado gospel.
Entretanto, como vai concorrer com expoentes bem consolidados, terá que trabalhar muito. Talvez precise fazer o programa de rádio ou de televisão na madrugada. No começo, para pagar o horário, terá que fazer merchandise de Ginka Biloba. Gabriel não deve ter receio de oferecer, por uma pequena oferta, lenço ungido, óleo sagrado ou água do rio Jordão. Se necessário, pode até vender cadernos escolares com a capa espiritual; tipo, um rapaz surfando e uma frase ao lado: “Cristo é ‘sur-ficiente’ para mim”.
Não sei se Gabriel entenderá a minha ironia. Caso leve os meus conselhos a sério, logo teremos uma nova igreja de nome bizarro. Contudo, quando estiver nos píncaros da glória, todos saberão que a trajetória de Gabriel Andrada não foi tão espiritual quanto se poderia supor. “Há algo de podre no reino da Dinamarca” – Shakespeare.
Soli Deo Gloria.

Primícias da fé

Com o intuito de defender a fé nos principios da palavra de Deus, iniciamos este trabalho de publicar diversos assuntos vividos no mundo "Gospel", com a expectativa de oferecer ao leitor um lado mais coerente em relação a uma vida com Deus em nossos dias!
Que Deus nos abeçõe e ilumine nossos corações e nos conforte com sua verdade nestes dias de tantos enganos!

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